Cuiabá, 13 de Outubro de 2024
00˚
00˚C
00˚C
Cuiabá
facebook twitter instagram youtube

POLÍCIA Quarta-feira, 18 de Outubro de 2023, 10:25 - A | A

18 de Outubro de 2023, 10h:25 - A | A

POLÍCIA / CONDIÇÕES PRECÁRIAS

PM liberta homens mantidos sob trabalho escravo em fazenda no nordeste de MT

Trabalhadores conseguiram fugir da propriedade e procuraram a polícia para denunciar os abusos cometidos pelo empregador

Ari Miranda
Única News



Dois trabalhadores, de 43 e 53 anos, foram resgatados pela Polícia Militar, após serem submetidos a situações de trabalho análogo à escravidão, na tarde do último domingo (15), em uma propriedade rural, na Agrovila Lumiar, em Confresa (1.060 Km de Cuiabá).

Os próprios trabalhadores denunciaram a situação, durante uma ida à cidade de Confresa. Segundo a PM, as vítimas procuraram o batalhão da corporação e relataram que estavam trabalhando para o suspeito desde dezembro de 2022.

Conforme as vítimas, os trabalhos começaram em uma propriedade na região conhecida como Buriti. Contudo, pouco tempo depois, foram levados pelo empregador para a propriedade situada na Agrovila, mais conhecida como ‘Barulho’.

Os trabalhadores afirmaram ainda que, no local, eles não tinham alimentação adequada ou alojamento, tendo que dormir em barracos improvisados, feitos de lona, onde constantemente se molhavam durante as chuvas, devido as coberturas danificadas. Além disso, as vítimas do trabalho escravo disseram que por não terem geladeira, tinham que tomar água quente.

Consta ainda no documento policial que os trabalhadores quase não tinham acesso à locomoção para irem à cidade e que estavam sendo obrigados a residir e trabalhar no local, enfatizando que, naquele dia, eles tinham conseguido fugir da propriedade e decidiram denunciar o crime.

Após o relato, os policiais foram até a fazenda, onde encontraram duas caminhonetes e uma motocicleta estacionadas na sede da propriedade, todavia, o proprietário do local não foi encontrado. Os PMs foram com as vítimas até o local onde eles estavam alojados e confirmaram a veracidade da denúncia.

No momento em que os policiais faziam a vistoria no local, a esposa do empregador ligou para um dos trabalhadores, na intenção de intimidá-lo, afirmando que as condições de trabalho vividas por eles eram “boas”.

A denúncia e fotos comprovando a situação análoga a trabalho escravo foi encaminhada à Polícia Civil, que deverá acionar a Justiça do Trabalho para acompanhar o caso.

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3