Da Redação

A investigação contra a tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur, acusada de torturar o aluno Rodrigo Claro, durante um treinamento na Lagoa Trevisan, foi suspensa por uma portaria publicada no Diário Oficial deste sábado (2). Porém, a suspensão começou a valer no dia 14 de novembro.
O jovem de apenas 21 anos, passou mal durante um dos treinamentos aquáticos e morreu em novembro do ano passado. A primeira audiência sobre o caso de Rodrigo, foi marcada para o dia 26 de janeiro. O caso está nas mãos do juiz Marcos Faleiros da Silva, da Sétima Vara Criminal.
Conforme a portaria, a interrupção é para que o Conselho de Justificação, criado pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros, conclua o inquérito de investigação, que não pôde ser realizado em razão da tenente estar de licença médica novamente.
"O Governador do Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o que consta no Ofício nº116/CG/2017, datado de 14 de novembro de 2017, e com base no artigo 11, parágrafo único, da lei nº 3.993, de 26 de junho de 1978, resolve sobrestar, pelo período de 60 dias, a contar a partir de 14 de novembro de 2017, o prazo para a conclusão dos trabalhos do Conselho de Justificação criado pelo Ato nº 18.200, de 31 de maior de 2017, instaurado em desfavor da Justificada 1º Ten BM Izadora Ledur Souza Dechamps, conforme justificativas constantes no Processo nº 618769/2017", diz o comunicado.
Esta é a sétima licença que Ledur tem concedida pela corporação, desde apenas 10 dias após a morte de Rodrigo Claro. A nova licença irá expirar no dia 13 de janeiro de 2018 e o Conselho deve dar novamente seqüência nas investigações.
Tortura
Para o MPE, além de apresentar excelente condicionamento físico, o aluno demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre, entre outros exercícios.
Consta da denúncia que embora o problema tenha chamado a atenção de todos, os responsáveis pelo treinamento não só ignoraram a situação como utilizaram-se de métodos totalmente reprováveis, tanto pela corporação militar, quanto pela sociedade civil, para “castigar” os alunos do curso que estavam sob sua guarda.
Conforme o MPE, depoimentos colhidos durante a investigação demonstram que a vítima foi submetida a intenso sofrimento físico e mental com uso de violência. A atitude teria sido a forma utilizada pela tenente Ledur para punir Rodrigo por ele ter apresentado mau desempenho nas atividades dentro da água.
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