Euziany Teodoro
Única News
A Operação Ragnatela, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) nesta terça-feira (5), teve agentes públicos, empresários, empresas e DJ como alvos dos mandados de prisão, busca e apreensão.
Entre os principais nomes estão o vereador por Cuiabá, Paulo Henrique de Figueiredo (PV), o DJ Everton Detona - famoso pela promoção de eventos na Capital -, o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, conhecido como “Gordão” e dono do Dallas Bar. Detona e Gordão foram presos e tiveram bens apreendidos, como uma BMW do DJ.
Também foi alvo da operação um fiscal da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Sorp), que foi afastado das funções e será alvo de um PAD.
Até agora, foram apreendidos vários carros de luxo, joias e dinheiro (veja abaixo).
As forças de segurança cumprem oito ordens de prisões preventivas, 36 buscas e apreensões, nove sequestros de bens imóveis e 13 de veículos; e ainda duas ordens de afastamento de cargos públicos (policial penal e fiscal da prefeitura), quatro suspensões de atividades (casa de shows) e bloqueios de contas bancárias.
Veja a lista completa de alvos, obtida pelo Única News:
PRISÃO
Joadir Alves Gonçalves
Joanilson de Lima Poliveira
Wilian Aparecido da Costa Pereira
Rodrigo de Souza Leal
Elzyo Jardel Xavier Pires
Kamila Beretta Bertoni
João Lennon Arruda de Souza
BUSCA E APREENSÃO
Joadir Alves Gonçalves
Lauriano Silva Gomes da Cruz
Joanilson de Lima Oliveira
Willian Aparecido da Costa Pereira
Rodrigo de Souza Leal
Elzyo Jardel Xavier Pires
Kamila Beretta Bertoni
Paulo Henrique de Figueiredo
Rodrigo Anderson de Arruda Rosa
Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares
Winkler de Freitas Teles
Luiz Otávio natalino
Vinicius Pereira da Silva
Danilo de Lima Oliveira
Everton Marcelino Muniz
Stheffany Xavier de Melo Silva
Ana Cristina Brauna Freitas
Antidia Tatine Moura Ribeiro
Matheus Araújo Barbosa
Renan Diego dos Santos Josetti
Rafael Piaia Pael
Wilson Carlos da Costa
Joçao Lenon Arruda de Souza
Clawilson Almeida Lacava
Dallas Bar
Clube CT Mangueiras
WA da Costa Pereira – Complexo Beira Rio
Sindicato dos Agentes de Fiscalização
O ESQUEMA
Equipes da FICCO identificaram que criminosos participavam da gestão de casas noturnas em Cuiabá. Com uso dessa estrutura, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
As investigações apuraram que os acusados repassavam ordens para a não contratação de artistas de unidades da Federação com influência de outras organizações criminosas, sob pena de represálias deliberadas pela facção criminosa.
A ORCRIM contava com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, que agiam sem observância da legislação de posturas e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.
Durante as apurações, identificou-se também esquema para a introdução de celulares dentro de presídios; bem como, a transferência de lideranças da facção para estabelecimentos de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado que se encontrava em liberdade.
Dois dos principais alvos da operação acabaram sendo presos pela Polícia Federal neste último sábado 1/6, quando desembarcaram em aeroporto do Rio de Janeiro fazendo uso de documentos falsos e posse de grande quantidade de dinheiro em espécie e joias. Posteriormente, foram recolhidos no sistema penitenciária fluminense e também presos por força dos mandados de prisão da presente investigação.
A FICCO/MT é uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.
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