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Da Redação
O pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do vereador por Várzea Grande, Calistro Lemes do Nascimento, o Jânio Calistro (PSD), foi negado pela Justiça. O vereador foi preso durante operação 'Cleanup', realizada pela Polícia Civil, em 19 de dezembro do ano passado.
A decisão foi proferida pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Gilberto Giraldelli, nessa quinta-feira (30). No pedido, a defesa do parlamentar alegou que ele negou veemente envolvimento com qualquer organização criminosa e o comércio de entorpecentes, sustentando que apenas manteve contato com alguns dos investigados para tratar de assuntos que nada dizem respeito a condutas ilícitas.
Ainda segundo a defesa, o advogado de Calistro alegou também que, durante as campanas policiais e o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa dele, nada de ilícito foi constatado ou apreendido que indicasse o vínculo dele com o narcotráfico ou alguma facção criminosa, até mesmo porque o encontro de munições em sua casa se justifica no fato de que ele é escrivão da polícia aposentado.
O magistrado avaliou como “temerária” a revogação da prisão do parlamentar, que é suspeito de orientar compras e vendas de drogas para os traficantes da região.
O desembargador ainda destacou que o vereador foi preso em razão da gravidade dos delitos, uma vez que durante os dois meses de investigação já teriam sido apreendidos, no mínimo, 15 quilos de droga, além de captados vários diálogos evidenciando a aquisição de quantias ainda maiores de substâncias psicotrópicas.
Policial civil aposentado, Calistro foi já foi detido em 2018 por estar armado em um bar.
A operação
Jânio Calistro, que é policial civil aposentado, foi preso sob a acusação de comandar o tráfico de drogas em Várzea Grande. Na operação "Cleanup", policiais civis cumprem 56 mandados judiciais, entre prisão e busca e apreensão domiciliar.
Os 23 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão, foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Várzea Grande, com objetivo de combater a ação de traficantes que atuam principalmente no município.
Segundo o delegado que comanda a operação, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, as investigações iniciaram, após uma denúncia anônima, em que a atuação de um extenso grupo de traficantes atuante em Várzea Grande.
O trabalho investigativo durou cerca de 70 dias e permitiu identificar diversas pessoas associadas ao tráfico, sendo realizadas as prisões em flagrante de seis pessoas e apreensão de grande quantidade de drogas em posse dos presos.
Cleanup, traduzindo para o português, significa Limpar/Limpeza, em alusão à limpeza da intensa criminalidade e violência em Várzea Grande.
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