Amanda Garcia
Única News
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), comentou na manhã desta segunda-feira (24), em entrevista ao Programa Pânico, da Jovem Pan, sobre a implementação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido), na capital mato-grossense e enfatizou sobre a corrupção em torno do consórcio do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) – o antigo modal.
Na ocasião, o chefe do Executivo explicou os motivos em torno da mudança no modal.
“A empresa perdeu, praticou corrupção, pagou propina e o contrato foi rescindido. Quando eu assumi o Governo, tive que analisar esse negócio do zero e ficou mais barato voltar a decisão original e colocar um sistema moderno, elétrico, flexível, com mobilidade para atender toda a cidade, com todas as prerrogativas e qualidades do outro e com a metade do preço. Começar um novo modal fica mais barato que tentar retomar e acabar com aquela lambança que começaram lá atrás”, disse.
Para reforçar a escolha, o governador ainda chegou a enfatizar sobre a fraude contratual no consórcio. Segundo Mauro, inicialmente, o projeto a ser implementado na capital era do BRT.
“Infelizmente no Brasil, tomam-se decisões muito erradas, lá em Cuiabá não foi diferente na época da Copa, em 2014. Ainda em 2009, quando o Brasil foi escolhido e Cuiabá definida como uma das subsedes, a escolha do modal era o BRT, depois falsificaram lá em Brasília um parecer e trocaram para o VLT, isso já foi comprovado, dois servidores foram até penalizados por isso [...] Uma obra que iria custar à época, R$600 milhões, passou a custar R$1,5 bilhão, é só no Brasil que acontece isso, depois ficou tudo comprovado, o próprio ex-governador confessou que recebeu propina, foi tudo documentado, com isso, o contrato foi rescindido pelo Governo que eu sucedi, e essa decisão transitou em julgado”, reiterou.
Governo tenta recuperar
O governo de Mato Grosso entrou na Justiça com um processo por danos morais e materiais contra as empresas C.R. Almeida S/A Engenharia de Obras, Santa Barbara Construções S/A, CAF Brasil Indústria e Comércio AS, Magna Engenharia e ASTEP Engenharia Ltda - firmas que compõem o Consórcio VLT em Cuiabá.
O Estado solicita ainda às empresas a devolução de R$ 830 milhões aos cofres públicos, uma vez que o Consórcio não cumpriu com os prazos e não entregou as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. As obras deveriam ter sido entregues antes da Copa do Mundo de 2014, apesar dos mais de R$ 1 bilhão pagos do total de R$ 1,4 bilhão.
A ação foi movida após a confirmação da rescisão definitiva do contrato pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!