Ruan Cunha / Única News
Foto / Internet
Bezerra tentou "ajudar" Cunha ao ser à favor do retorno do processo para nova votação no Conselho de Ética
A bancada de Mato Grosso na Câmara Federal foi unânime na votação de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de mentir à CPI da Petrobrás ao negar, durante depoimento em março de 2015, ser titular de contas no exterior.
Diferente da votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT), os oitos deputados mato-grossense se mantiveram alinhados, até mesmo os companheiro de partido de Cunha, Carlos Bezerra e Valtenir Pereira, votaram à favor da perda de mandato.
Bezerra chegou a ser favorável ao relatório da Comissão de Constituição e Justiça com vista no retorno do processo para nova votação no Conselho de Ética, porém a maioria dos membros foi contra.
Dos deputado eleitos: Adilton Sachetti (PSB), Carlos Bezerra (PMDB), Ezequiel Fonseca (PP), Fábio Garcia (PSB), Nilson Leitão (PSB), Ságuas Moraes (PT), Valtenir Pereira (PMDB), apenas Victório Galli (PSC) não votou por estar de licenciado até dezembro.
No seu lugar, a votação ficou à cargo do suplente José Curvo Tampinha, entretanto Galli afirmou em entrevista ao UnicaNews ser favorável a cassação do mandato do ex-presidente da Câmara Federal.
“O momento político é pela limpeza. Para o bem da moral política e da Câmara ele tem que ser cassado”, declarou.
Para o deputado Nilson Leitão, o resultado já era esperado e o legislativo federal entre em uma nova fase. "Cassação previsível pelo conjunto da obra. Iniciamos um novo momento", afirmou ao UnicaNews.
Resultado
Por 450 votos à favor, 10 contra e 9 abstenções, Eduardo Cunha teve o mandato cassado e fica inelegível até 2027, além da mudança de foro onde será investigado e julgado pelas acusações de ser um dos principais integrantes do esquema de corrupção da Petrobrás.
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