Thays Amorim
Única News
Sob fortes vaias e um clima pesado, o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho (DEM), pediu vista ao Projeto de Lei (PL) 780/2021, que proíbe a exigência do passaporte de vacinação aos estabelecimentos comerciais e congêneres em Mato Grosso. A proposta entrou na pauta da sessão matutina desta terça-feira (07).
O PL é de autoria da deputada Janaina Riva (MDB). Pediram vistas compartilhadas os deputados Lúdio Cabral (PL), Gilberto Cattani (PSL), Elizeu Nascimento (PSL), Valdir Barranco (PT) e João Batista (sem partido).
Botelho foi o primeiro no plenário a discutir a proposta. Em seu tempo de fala, o parlamentar defendeu que o passaporte sanitário não fosse utilizado em alguns cenários, como em comércios e igrejas, apontou que a obrigatoriedade deve ser mantida em festas.
"A vacina que está salvando a vida no mundo todo. Agora, nós temos que entender, e isso que eu quero entender, eu não adentrei no PL. Existem situações que são complicadas, nós estamos fazendo leis para quê? O cara que tem um comérciozinho, ele vai ficar pedindo para entrar no comércio apresentando a vacinação? Não vai. Então, se nós fizermos isso, nós vamos estar fazendo algo que não tem sentindo algum", enfatizou.
Em outro exemplo, Botelho afirmou que líderes religiosos também não vão cobrar o passaporte de vacinação.
"O padre vai ficar na porta na igreja pedindo? Então, são coisas assim que eu acho, no meu entender, que são inviáveis, e eu acho que nós temos que fazer o que é viável. Agora festas, boates, eventos grandes? Não tem jeito, tem que ter mesmo. Então, são essas as colocações que eu faço", declarou.
Muitos cidadãos a favor da proposta estiveram presentes na galeria da ALMT. Durante a sua fala a favor da vacinação, o parlamentar chegou a ser fortemente vaiado, sendo necessário a intervenção do presidente do Legislativo, deputado Max Russi (PSB), que restabeleceu o tempo de fala do democrata.
Após a concessão do pedido de vistas, o deputado Gilberto Cattani (PSL) foi à tribuna e defendeu Botelho, tentando "amenizar" as vaias.
"Isso demonstra que o deputado Botelho está tentando entender o projeto, talvez ele não tenha entendido, lido. E nós precisamos dos votos dos parlamentares, nós vamos passar aqui a convencê-los daquilo que nós queremos, que é a liberdade do nosso povo. É isso que nós precisamos fazer daqui para frente, ele tem o direito de pedir vistas, eu também pedi, para que a gente possa de fato colocar isso para andar e debater", declarou.
Com o pedido de vista, Botelho tem um novo prazo de análise do PL entre 24h e cinco dias. Portanto, a proposta deve retornar à ALMT ainda na próxima semana.
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