Da Redação
(Foto:Gcom-MT)

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-governador, Silval Barbosa (PMDB) afirmou que a construtora Mendes Júnior pagou 3% de propina para o esquema de corrupção que vigorou durante a gestão dele.
O acordo, segundo o ex-governador, foi firmado sob intermédio pelo ex-presidente da extinta Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), Éder Moraes.
A afirmação foi feita por Silval em delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e à qual o Jornal Nacional teve acesso com exclusividade. O Jornal Nacional exibiu na noite desta segunda (22), mais uma parte da delação de Silval à PGR.
A Arena Pantanal foi construída na gestão de Silval, que esteve preso por quase dois anos acusado de desvio de dinheiro público. Silval foi para o regime de prisão domiciliar em junho e usa tornozeleira eletrônica. As revelações feitas pelo ex-governador à Procuradoria-Geral da República foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Silval Barbosa disse, na delação, que depois que a Mendes Júnior venceu a licitação, a construtora foi procurada pelo então secretário de Fazenda, Éder Moraes, para acertar o pagamento de propina. O acordo previa 3% do valor da obra a serem pagos em cada etapa concluída.
Em 2011, Éder Moraes assumiu a secretaria responsável pelas obras da Copa, onde ficou por um ano. O esquema teria sido mantido por seu substituto, Maurício Guimarães. O dinheiro, de acordo com Silval Barbosa, teria sido usado para pagar dívidas e bancar campanhas eleitorais.
Na delação, Silval contou ainda que o deputado estadual Romualdo Júnior, do PMDB, recebeu propina da empresa responsável pela iluminação da arena, a Canal Livre Comércio e Serviços. Parte desse dinheiro, cerca de R$ 200 a 300 mil, foi repassado de Romualdo para Silval.
Atualmente, a manutenção da arena custa R$ 600 mil por mês e ela dá prejuízo. O campo é usado para os jogos dos campeonatos estaduais e das séries B e C do Brasileirão. No local ainda funciona uma escola com cerca de 300 alunos.
A empreiteira Mendes Júnior, a empresa Canal Livre Comércio e Serviços e a defesa do ex-secretário estadual Maurício Guimarães, conforme a reportagem não quiseram se pronunciar.
O ex-secretário Éder Moraes nega ter se reunido com dirigentes da Mendes Júnior para tratar de pagamento de comissão. E o deputado estadual Romoaldo Júnior, do PMDB, nega ter recebido propina.
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