Por Suelen Alencar/ Única News
Foto/Reprodução

O promotor do Ministério Público e ex-secretário de Segurança Mauro Zaque disse, por meio de nota, que solicitou a exoneração imediata dos envolvidos e negou ter "estorquido" o governador Pedro Taques (PSDB).
Em entrevista, nesta segunda-feira (15) a Rádio Capital, o promotor ainda voltou a afirmar que esteve em reunião "por diversas vezes" com Taques para lhe avisar sobre a existência de grampos clandestinos. Após a repercursão da reportagem da Rede Globo, o promotor ainda esclareceu que denunciou ao MP porque percebeu que o governador "não faria nada".
"Ao perceber que o Governador Pedro Taques não iria exonerar tais pessoas, decidi então deixar o Governo e retornar ao MP; cumpri com o meu dever de Secretário, de Promotor e de cidadão. Não investiguei ou sequer acusei ninguém. Submeti à apreciação de sua Excelência o Procurador-Geral da República para as providências que entender pertinentes", descreveu em nota.
Veja a nota na íntegra:
Sobre os últimos acontecimentos, preciso considerar os seguintes pontos:
1. enquanto Secretário de Segurança tomei conhecimento da possível existência de grampos clandestinos sendo operados por agentes públicos ligados ao executivo;
2. promovi uma checagem inicial e constatei que realmente autoridades, advogados, autônomos, políticos poderiam estar sendo vítimas desse esquema criminoso;
3. com documentação probatória, levei os fatos ao conhecimento do Governador Pedro Taques no início de outubro de 2015, ao mesmo tempo em que solicitei a exoneração imediata dos possíveis envolvidos;
(Solicitar a exoneração daqueles possíveis envolvidos em uma situação criminosa gravíssima como essa, longe de se configurar extorsão, constitui DEVER de todo agente público.)
4. ao perceber que o Governador Pedro Taques não iria exonerar tais pessoas, decidi então deixar o Governo e retornar ao MP;
5. cumpri com o meu dever de Secretário, de Promotor e de cidadão. Não investiguei ou sequer acusei ninguém. Submeti à apreciação de sua Excelência o Procurador-Geral da República para as providências que entender pertinentes.
6. eu jamais me permitiria pactuar com ações tão rasteiras, covardes e, por que não dizer, criminosas (grampear advogados, políticos, etc...).
Finalmente, tais atos constituem um atentado contra toda a sociedade, devem ser investigados em sua plenitude e responsabilizados os autores com todo rigor.
Este é um momento sombrio que manchará para sempre a história de Mato Grosso.
Mauro Zaque
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