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POLÍTICA Quinta-feira, 27 de Julho de 2017, 14:32 - A | A

27 de Julho de 2017, 14h:32 - A | A

POLÍTICA / SODOMA

Ex-secretário diz que confundiu propina com bonificação

Rayane Alves / Wellyngton Souza



(Foto: Reprodução)

Arnaldo Alves, ex-secretário

 

O ex-secretário de Estado de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza Neto negou na tarde desta quinta (27), envolvimento em esquema que desviou cerca de R$ 15 milhões dos cofres públicos. O ex-gestor é interrogado pela juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal.

 

O ex-gestor, réu na quarta fase da Operação Sodoma, afirmou que o ex-governador Silval Barbosa, teria o convocado para fazer uma suplementação do orçamento, que segundo ele, era prática normal na secretaria.

 

Ele afirmou ainda à magistrada que é desagradável ver o nome dele sendo vinculado ao esquema em meios aos veículos de comunicação. "Ilegal seria se eu pegasse o dinheiro da secretaria. Não  existe irregularidades no processo orçamentária", disse.

 

O ex-secretário relatou ainda que foi chamado pelo ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf até a sua sala. Então, foi informado por Nadaf que o estado estaria efetuando pagamento de uma desapropriação para quitar dívidas de Silval. "Ele falou que tinha retorno e que iria distribuir entre outras pessoas. Nadaf disse que eu ficaria com uma parte, um valor de R$ 200 mil".

 

Arnando Antunes achou que parte da propina fosse uma espécie de bonificação. "Achei que era prêmio o valor recebido. Todo patrimônio que eu tenho é de muito trabalho.  Minha esposa também trabalha. E conseguimos com muito esforço". 

 

Ainda será ouvido nesta tarde, o empresário Valdir Piran. Segundo as investigações, a Sodoma 4 foi deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz) para investigar uma organização criminosa chefiada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e seus secretários na qual teriam desviado mais de R$ 15 milhões de uma transação de R$ 31 mi do governador estadual.

 

Além do desvio dos cofres públicos, o grupo também cobrava propina de empresários em troca de incentivos fiscais, superfaturamento de valores pagos por desapropriação de uma área denominada Jardim Liberdade, que possuía cerca de 55 hectares e ainda a manutenção de contratos com o Estado.

 

Também são réus no processo o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf, O ex-procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”, advogado Levi Machado, o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Silvio Cezar Corrêa Araújo entre outros. 

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