Cuiabá, 08 de Maio de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 26 de Outubro de 2020, 12:12 - A | A

26 de Outubro de 2020, 12h:12 - A | A

POLÍTICA / ELEIÇÃO SUPLEMENTAR

Para analista político, candidatos ao Senado estão fazendo campanha ‘infantil e pobre’

Claryssa Amorim
Única News



O jornalista e analista político Onofre Ribeiro, em entrevista na Live do site Única News, afirmou que os candidatos ao Senado, em eleição suplementar que ocorre este ano, estão com campanha “infantil” e “pobre”.

Este ano, os mato-grossenses escolhem, excepcionalmente, um novo senador. Até lá, quem está interinamente no cargo, no lugar da juíza aposentada Selma Arruda (Pode), é Carlos Fávaro (PSD). Selma foi cassada por esquema de Caixa 2 e abuso de poder econômico.

“É uma campanha de deputado estadual. Entrevistei essa semana uma candidata e um candidato e o que ouço são propostas de deputado estadual. Eles acham que senador é parente próximo de um vereador e não é, pelo contrário, é muito distante”, disse.

Onofre analisa o cenário do Senado Federal e comenta que é um dos cargos mais importantes que existem na política brasileira, pois um senador é “representante da república”.

Basicamente, o papel de um senador é aprovar a nomeação de autoridades indicadas pelo presidente da República; autorizar operações externas de natureza financeira; eleger membros do Conselho da República, entre outros.

Para Onofre, as campanhas dos candidatos de Mato Grosso para o Senado têm sido de “deputado estadual”, pois o papel de um senador não é ‘mandar capinar lotes da cidade’, mas sim de resolver assuntos relacionados à República.

“O Senado se chama Senado da República. Enquanto a Câmara dos Deputados Federais é representante das pessoas, do cidadão, o senador é representante da República. Em alguns países, chama-se Câmara Alta, sendo o último andar no Legislativo. Sendo assim, é uma casa que discute os grandes temas, que começa no Executivo, presidência da República, através dos Ministérios, faz chegar na Câmara dos Deputados, uma proposta qualquer. Depois, manda para o Senado. O Senado faz a revisão daquilo, por isso que é chamado de ‘câmara revisionista’”, explicou.

Ele comenta que tem feito entrevistas com candidatos para o Senado Federal e tem ficado “impressionado” por parecerem mais candidatos a vereador do que para senador.

Por fim, ele dispara que o Senado não é lugar para qualquer um, por isso precisa-se de “qualificação” para ter o cargo. Exemplo disso é que é necessário ter mais de 35 anos para conseguir uma cadeira no Parlamento Federal.

“O Senado não é um lugar qualquer e não é pra qualquer um. Tanto que lá precisa ter mais de 35 anos. Porque, se a constituição diz que aos 21 anos você é maior de idade e emancipado? Por causa da maturidade, do equilíbrio. Então, as propostas estão muito infantis e muito pobres. Não estão com noção do cargo e o que o cargo pede”, finalizou.

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