Wellyngton Souza / Única News
Atendendo a um pedido da delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelas investigações do esquema de escutas clandestinas, o desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, determinou soltura do empresário José Marilson da Silva, preso na operação Esdras, deflagrada no último dia 27, pela Polícia Civil.
O investigado que é ex-sócio da empresa Simples IP Internet, responsável pelo equipamento de escuta clandestinas 'sentinela', tem colaborado com as investigações e entregado todos os envolvidos no esquema. O aparato teria sido adquirido pelo coronel Evandro Lesco, preso na operação, e utilizado pelo Núcleo de Inteligência da Polícia Militar.
"Por esta razão, as autoridades policiais, em face da colaboração do aludido investigado, que “permitirá alcançar os objetivos investigativos com mais celeridade”, não mais visualizam a imprescindibilidade de sua segregação cautelar. Requerem, com isso, a revogação da prisão preventiva, ou sua substituição por medidas cautelares diversas.", diz trecho da decisão de Perri.
Apesar de determinar a soltura, o magistrado determinou algumas medidas cautelares, entre elas, a proibição de manter qualquer tipo de contato com testemunhas, réus ou com outros investigados no esquema de grampos. A decisão determina ainda que o réu está proibido de manter contato com pessoas ligadas ao estado. Além de outras comonão pode acessar ou frequentar órgãos públicos atuantes na área de inteligência. Não foi determinado o uso de tornozeleira eletrônicas.
Também foram presos o ex-secretario de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Benedito Siqueira, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o ex-secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco e sua esposa, Helen Lesco, o sargento Soler, e o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas.
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