Luana Valentim
(ROGER PERISSON)
Após o governador tucano, Pedro Taques, negar na semana passada - em entrevista a um jornal da capital – sobre uma confusão dentro de sua chapa, entre os candidatos ao Senado, Selma Arruda (PSL) e Nilson Leitão (PSDB), por conta do tempo que ambos teriam que dividir com as propagandas de Rádio e Televisão, nesta segunda-feira (27), a queda de braço veio à tona. Obviamente por conta de a assessoria jurídica da juíza aposentada revelar à imprensa, que deverá ingressar com uma ação para que o tempo que o Grupo tem de propaganda eleitoral seja dividido igualitariamente.
De acordo com o advogado de Selma, Diogo Sachs, a ação se faz necessária pelo fato de Leitão se recusar a fazer a divisão de tempo do PSDB e da coligação com ela. E, apesar das tentativas de Taques de fazer com que ele mude de ideia, o deputado federal estaria irredutível.
O grupo que se reúne esta semana até por conta desta pendenga, deverá colocar fim a esta discussão; mas caso o tucano não acate a decisão, o assunto será debatido por via jurídica.
O advogado da magistrada também afirma que o coordenador jurídico da coligação, José Antônio Rosa, também defende que o tempo seja igualmente dividido entre os candidatos, ou seja, que Selma e Leitão tenham, cada um, cerca de 50 segundos de propaganda.
Nesta segunda, porém, Antônio Rosa explicou ao Site Única News, que os partidos têm o domínio sobre o tempo de televisão e que a proposta de Leitão para Selma se baseia nisso.
“Ele está propondo que ela fique com o tempo do PSL e ele do PSDB. O resto do tempo que seja repartido entre a coligação e pelos dois. Isso dá uma diferença de tempo, pois o PSL não tem tempo nenhum, somente o PSDB”, destacou.
Antônio Rosa ainda pontuou que Leitão alega que o PSL – como tem candidato à presidência e os tucanos também -, ele não irá ceder tempo para ela. E como há um acordo de cavalheiros sobre a divisão deste tempo, mas sem uma base legal, somente uma decisão judicial pode resolver essa situação.
“Eu acho que as duas teses estão corretas. Ela pode requerer a divisão, pois é um direito dela por participar de uma coligação. Por outro lado, Leitão também tem o direito de resguardar o tempo do seu partido. Assim, a tendência é que isto termine no Supremo Tribunal Eleitoral”, explicou.
Por meio de sua assessoria, Leitão negou a ‘queda de braço’ e ainda que tenha discutido sobre dividir tempo de rádio e televisão com quaisquer partidos. E que estaria focado em fazer a sua companha e apresentar suas propostas para a população. Lembrando que qualquer tema ligado a tempo de televisão fica a cargo dos presidentes dos partidos da coligação”.
Já nos bastidores, as informações são de que algumas legendas, sob a orientação nacional, estariam negando os seus tempos para Selma, devido a disputa nacional. Sobretudo, pelo fato de que o PSL tem como candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro.
Conforme a regra de divisão do tempo de propaganda eleitoral, a coligação soma os tempos dos seis partidos com maior tempo de rádio e tv, totalizando 90% do espaço de propaganda eleitoral gratuita. Os outros 10% são divididos de maneira igualitária a todas as chapas concorrentes.
Somando o tempo na coligação de Leitão e Selma o total é de 1 minuto e 32 segundos, somados aos 7 segundos distribuídos de maneira igualitária a todas as chapas. O PSDB tem 42 segundos, PSB com 26 segundos, SD em 11 segundos, PPS com 7 segundos, PRP em 2 segundos e o Patriota com 1 segundo.
Nas inserções gerais, que serão exibidas entre os dias 31 de agosto e 4 de outubro, Selma e Leitão terão que dividir os 232 vídeos aos quais a coligação tem direito.
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