Lucas Amorim
Única News
A deputada federal Rosa Neide (PT), falou na manhã desta terça-feira (18) sobre a importância da representatividade feminina na câmara federal e destacou estar muito feliz por Mato Grosso ter eleito Coronel Fernanda (PL) e Amália Barros (PL) nas eleições de 2022.
“Fiquei muito feliz de ver duas deputadas eleitas, eu acho que é um passo importante que Mato Grosso dá, a gente poderia ter 3, 4, mas a gente tem duas, e duas já é bastante representativo”, disse a petista durante entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá.
Fernanda e Amália são do Partido Liberal, do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto Rosa Neide é aliada ao Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Lula (PT).
Apesar das divergências ideológicas, Rosa cita que com a eleição de duas mulheres na Câmara, a bancada feminina estará mais fortalecida.
“Com relação aquilo que une e agrega, espero que as duas agregue mais na bancada feminina, do que aquilo que não é da ideologia, que não precisa ser igual a de ninguém” enfatizou
A petista citou algumas pautas que são importantes para as mulheres, e que com essa representação elas serão fortalecidas, sendo a saúde da mulher; violência contra a mulher; entre outras.
“Eu espero que as duas possam ouvir o judiciário, os representantes do conselho da mulher, possam ouvir as ativistas em defesa da mulher, para que a gente tenha realmente aquilo que interessa a mulher do Brasil e a de Mato Grosso, sendo defendido na câmara dos deputados, nós não podemos retroceder, pois já somos um país que mais mata mulher no mundo” completou.
Amália Barros foi eleita com 70.294 votos válidos, enquanto Coronel Fernanda recebeu 60.304 votos e se elegeu também.
A deputada Rosa Neide por sua vez teve mais de 124 mil votos, mas não foi reeleita por conta do quociente eleitoral.
Eleição de deputado federal
Com o sistema proporcional, as vagas são distribuídas em proporção aos votos dados aos candidatos, partidos e federações. Dessa forma, o resultado da eleição para a Câmara dos Deputados não considera números exatos. Depois da primeira distribuição de vagas, sempre há "sobras" que são distribuídas em um cálculo posterior. O preenchimento das vagas é efetuado segundo o cálculo dos quocientes eleitoral (QE) e partidário (QP), além da distribuição das sobras.
Com a reforma eleitoral de 2021, a distribuição das sobras foi modificada. Assim, participarão da distribuição das sobras apenas os partidos e federações que tenham obtido pelo menos 80% do quociente eleitoral e pelos candidatos que tenham obtido votos em número igual ou superior a 20% desse quociente.
O quociente eleitoral é o número de votos válidos (voto em candidato e na legenda) divididos pelo número de vagas a que determinado estado tem direito na Câmara. Já o Quociente Partidário trata do número de votos de cada partido dividido pelo quociente eleitoral. Indica quantas vagas cada partido tem direito, desprezada a fração.
Outro aspecto considerado para a eleição é a cláusula de barreira individual, que impede a eleição de candidatos que não tenham conseguido sozinhos um número de votos equivalente a 10% do quociente eleitoral.
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