Ari Miranda
Única News
O primeiro suplente do Partido Liberal (PL) na Câmara de Cuiabá, o ex-secretário de Agricultura da Prefeitura, Felipe Corrêa, retornou ao parlamento da Capital na tarde desta segunda-feira (12), após ser empossado na vaga do ex-presidente da Casa de Leis, Francisco Carlos Amorim, o “Chico 2000”, afastado por decisão da Justiça Estadual pelo prazo de 180 dias.
Chico e o vereador Joelson Amaral, o “Sargento Joelson” (PSB), foram afastados do cargo por decisão da juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO), junto com o cumprimento dos mandados da Operação Perfídia, deflagrada no dia 29 de abril deste ano pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil
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Para retornar ao parlamento cuiabano, Felipe, que ocupou uma das cadeiras da casa de Leis até dezembro de 2024, foi exonerado pelo prefeito Abílio Brunini (PL) do cargo de secretário na última sexta-feira (9). A exoneração, no entanto, começou a valer nesta segunda (12).
Em seu retorno ao parlamento cuiabano, onde esteve até o final do ano passado, Felipe agradeceu à presidente da Casa, Paula Calil (PL), e à 2ª secretária, Dra. Mara (Podemos), reafirmando a honra em poder retornar ao parlamento da Capital e representar os servidores do Legislativo.
“É uma alegria retornar a esta Casa. Confesso que me sinto em casa aqui. Retorno de forma protocolar e breve, mas, se for da vontade de Deus, em breve estarei de volta”, pontuou.
O ESQUEMA
Segundo a Polícia Civil, as investigações tiveram início com uma denúncia recebida pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) em meados do ano passado e que apontava o envolvimento de Chico e Sargento Joelson no esquema ilegal, onde os dois parlamentares teriam supostamente solicitado um pagamento de propina a um funcionário da empresa responsável pela constrição da avenida Castorina Sabo Mendes, o "Contorno Leste" de Cuiabá, para aprovar uma matéria legislativa que possibilitaria a empresa receber do ex-prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), pagamentos referentes ao ano de 2023 e que eram devidos à empresa pela administração municipal.
Após a aprovação da matéria no plenário da Câmara, segundo a denúncia, uma parte do valor da propina teria sido depositada em uma conta indicada por um dos parlamentares, demonstrando ainda a existência de indícios de que a outra parte do dinheiro teria sido paga em espécie a um deles no interior de seu gabinete na Câmara de Cuiabá, local onde a negociata também teria sido supostamente combinada entre as partes.
Com o cumprimento dos mandados, tanto Chico 2000, quanto Joelson foram afastados do cargo e estão impedidos tanto de manter contato entre si, quanto com testemunhas e servidores da Câmara de Cuiabá, bem como de acessar à sede do legislativo ou irem às obras do Contorno Leste.
Os parlamentares também não poderão se ausentar de Cuiabá sem autorização da Justiça e deverão entregar seus passaportes à Justiça.
NOME DA OPERAÇÃO
O nome da operação (Perfídia) faz menção ao sentido da palavra, que significa “a qualidade de alguém que age com falsidade, traição ou deslealdade, ou seja, que não cumpre com as promessas ou obrigações”.
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