13 de Junho de 2025
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POLÍTICA Quarta-feira, 11 de Junho de 2025, 13:18 - A | A

11 de Junho de 2025, 13h:18 - A | A

POLÍTICA / ENVIADO À AL

Governo de MT propõe novo projeto de lei para consignados com fim de cartões e teto de 35%

Russi informou que, por enquanto, a instalação de uma CPI sobre o tema não é a prioridade, pois há confiança no trabalho do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Polícia Civil.

Ana Adélia Jácomo
Única News



Em meio às investigações sobre as fraudes em empréstimos consignados, o governador em exercívio, Otaviano Pivetta, esteve na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) nesta quarta-feira (11) para entregar um novo projeto de lei que visa disciplinar os empréstimos consignados aos servidores públicos.

Segundo Pivetta, a iniciativa busca evitar os problemas recentes e baseia-se em recomendações de uma CPI anterior sobre o tema.

As principais mudanças previstas no projeto são:

  • Fim das taxas do governo: O Estado não poderá mais cobrar taxas ou tarifas sobre os empréstimos consignados dos servidores, o que, na prática, encerra cobranças como os 3% do Fundesp.

  • Limite de desconto na folha: Apenas 35% do salário líquido do servidor poderá ser comprometido com empréstimos consignados facultativos.

  • Proibição de cartões de crédito consignados: Fica vetada a abertura e a renovação de margem consignável para cartões de crédito e cartões benefício.

  • Regras mais rígidas para bancos: Só poderão oferecer consignados instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, previdências, seguradoras, planos de saúde e sindicatos/associações de classe que atendam a critérios de segurança e transparência.

  • Criação de Ouvidoria: Será criada uma Ouvidoria Interinstitucional Especializada de Consignações na Controladoria Geral do Estado (CGE) para receber e encaminhar reclamações dos servidores.

CPI é um "plano b" para Max Russi

O presidente da ALMT, Max Russi, confirmou a chegada do projeto e informou que a casa legislativa avaliará a necessidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes.

Atualmente, a ALMT possui requerimentos para a abertura da CPI, mas, segundo Russi, a atuação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Polícia Civil nas investigações está sendo acompanhada de perto.

Russi deixou claro que, caso as medidas atuais e o novo projeto de lei não avancem o suficiente para solucionar o problema, a instalação da CPI permanece como um instrumento disponível para a Assembleia.

Ele também destacou que a empresa Capital Consignado, que já causou prejuízos aos servidores de Mato Grosso, teve suas operações suspensas, e que um projeto de lei está sendo preparado para impedir que instituições com histórico de problemas voltem a atuar no estado.

Pivetta assegurou que o governo está empenhado em reparar os servidores lesados.

Foto: Fred Moraes | Única News

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O presidente da ALMT, deputado Max Russi.

"As pessoas que foram lesadas no passado podem se dirigir ao PROCON, a Defensoria Pública, a CGE, ouvidoria, todos que tiveram algum tipo de prejuízo serão reparados", afirmou ele.

Ele também ressaltou que a SEPLAG fará a revisão de mais de 300 mil contratos e que o governo busca iniciar um "novo momento de relação com os trabalhadores", com foco em educação financeira e limite de endividamento.

O governador interino ainda reforçou que o Estado não terá lucro ou vantagem sobre os empréstimos, pois qualquer taxa acabaria sendo cobrada do servidor.

 Embora reconheça o trabalho dos órgãos de controle, Max Russi expressou que, pessoalmente, não vê "a necessidade de uma CPI neste momento, devido ao avanço das investigações pelo TCE, Polícia Civil e Ministério Público.

Ele acredita que a oportunidade ideal para uma CPI seria no "primeiro dia, no primeiro encaminhamento", quando traria todos esses órgãos para dentro da Assembleia.

"A gente tem que acreditar no trabalho do TCE, a Polícia Civil faz um trabalho muito forte, muito bom também e o Ministério Público," ponderou. Contudo, reforçou: "Se porventura nada disso avançar, a Assembleia tem um instrumento muito forte que é uma CPI."

Ele espera que a nova proposta do governo seja firme e, caso contrário, promete apresentar emendas para garantir as melhorias necessárias.

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