Euziany Teodoro
Única News
O agrônomo Gustavo Padilha (PSB) tomou posse como vereador na manhã desta terça-feira (13), na Câmara de Cuiabá. Com 2.113 votos na última eleição, Gustavo assume o lugar do vereador Sargento Joelson (PSB), afastado por tempo indeterminado após ser alvo da Operação Perfídia, por suposto recebimento de propina para aprovar um projeto de lei que beneficiaria a empresa HB Construções, responsável pelas obras do Contorno Leste.
Ao ser empossado, Gustavo prometeu atuação independente e evitou falar do afastamento do titular. “Acredito que todos os vereadores são independentes. Tomarei posições favoráveis à população e, caso contrário, serei contrário. Essa decisão não é uma orientação do partido, e sim minha”, disse.
Além de Joelson, o ex-presidente da Casa, Chico 2000 (PL), também está afastado por supostamente fazer parte do esquema de propina. Na vaga dele, assumiu o suplente Felipe Correa, em sessão na segunda-feira (12).
Operação Perfídia
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A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), deflagrou, em 24 de abril, a Operação Perfídia, com o objetivo de investigar crimes de corrupção na Câmara Municipal de Cuiabá, envolvendo a empresa responsável pelas obras do Contorno Leste.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos gabinetes dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), que, posteriormente, foram afastados dos exercícios das funções públicas por tempo indeterminado, após decisão da juíza Edina Ederli Coutinho.
Segundo a Polícia Civil, as investigações tiveram início com uma denúncia recebida pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) em meados do ano passado e que apontava o envolvimento de Chico e Sargento Joelson no esquema ilegal, onde os dois parlamentares teriam supostamente solicitado um pagamento de propina a um funcionário da empresa responsável pela constrição da avenida Castorina Sabo Mendes, o "Contorno Leste" de Cuiabá, para aprovar uma matéria legislativa que possibilitaria a empresa receber do ex-prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), pagamentos referentes ao ano de 2023 e que eram devidos à empresa pela administração municipal.
Após a aprovação da matéria no plenário da Câmara, segundo a denúncia, uma parte do valor da propina teria sido depositada em uma conta indicada por um dos parlamentares, demonstrando ainda a existência de indícios de que a outra parte do dinheiro teria sido paga em espécie a um deles no interior de seu gabinete na Câmara de Cuiabá, local onde a negociata também teria sido supostamente combinada entre as partes.
Com o cumprimento dos mandados, tanto Chico 2000, quanto Joelson foram afastados do cargo e estão impedidos tanto de manter contato entre si, quanto com testemunhas e servidores da Câmara de Cuiabá, bem como de acessar à sede do legislativo ou irem às obras do Contorno Leste.
Os parlamentares também não poderão se ausentar de Cuiabá sem autorização da Justiça e deverão entregar seus passaportes à Justiça.
NOME DA OPERAÇÃO
O nome da operação (Perfídia) faz menção ao sentido da palavra, que significa “a qualidade de alguém que age com falsidade, traição ou deslealdade, ou seja, que não cumpre com as promessas ou obrigações”.
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