Única News
Da Redação
A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) manifestou preocupação com a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a intenção de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
A entidade alerta que essa medida representa um risco concreto ao intercâmbio comercial entre os dois países, com potenciais impactos negativos diretos para a indústria mato-grossense.
Os Estados Unidos têm se consolidado como um parceiro comercial cada vez mais vital para Mato Grosso. Em 2024, o país figurou como o 17º principal destino das exportações mato-grossenses, um salto significativo da 36ª posição de cinco anos atrás.
O estado exportou US$ 415 milhões em produtos para os EUA no ano passado, dos quais impressionantes US$ 373,6 milhões vieram da indústria de transformação.
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O que Mato Grosso exporta?
Entre os principais produtos industriais exportados de Mato Grosso para o mercado norte-americano estão:
Carnes (US$ 148,5 milhões),
Ouro (US$ 147,1 milhões),
Gordura animal (US$ 43,5 milhões),
Gelatinas (US$ 16,8 milhões),
Madeira beneficiada (US$ 12,5 milhões).
Além da indústria, o agronegócio também contribuiu com US$ 41,4 milhões em exportações. Setores como carne bovina, mineração e derivados de origem animal registraram forte crescimento no mercado dos EUA nos últimos anos.
O que Mato Grosso compra dos EUA?
A relação comercial é de mão dupla. Os Estados Unidos são o 4º maior fornecedor de produtos para Mato Grosso, com o estado importando US$ 301,8 milhões em 2024.
As principais aquisições incluem aeronaves, fertilizantes, máquinas e defensivos agrícolas, essenciais para a economia mato-grossense.
A Fiemt reafirmou a importância estratégica dos EUA como parceiro, tanto para a indústria quanto para o agronegócio do estado.
"A Fiemt reitera seu compromisso com a defesa da competitividade da indústria de Mato Grosso e com a promoção de um ambiente favorável à ampliação das relações comerciais internacionais — pilares essenciais para o desenvolvimento econômico sustentável do estado".
Entenda a taxação de Trump
O presidente americano justificou a tarifa alegando que o Brasil mantém tarifas e barreiras comerciais consideradas injustas, o que teria gerado um déficit comercial insustentável para os Estados Unidos.
Em carta enviada ao presidente Lula, Trump fez menções a questões políticas internas do Brasil, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, e alegações sobre "ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e a violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos".
Isso sugere que a tarifa pode ser uma ferramenta de pressão política, para além dos interesses comerciais.
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