Ana Adélia Jácomo
Da Redação
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) afirmou, na´ultima semana, que o governador Mauro Mendes (DEM) precisa pedir desculpas ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), para que as ações de combate à pandemia possam ser realinhadas. Lúdio classificou Mendes como “arrogante” e também pediu mais “humildade” a Emanuel.
Os chefes do Executivo têm tido diversos conflitos políticos e pessoais, com troca de acusações e xingamentos públicos. A inimizade, de acordo com Lúdio, é algo incompreensível, já que Emanuel e Mendes eram aliados políticos na campanha eleitoral de 2012, quando o emedebista foi coordenador do pleito vitorioso que elegeu Mendes prefeito na capital na época.
Mendes e Emanuel participam de reunião nesta segunda-feira (15), no Palácio Paiaguás, onde serão tratadas ações de enfrentamento à doença. Contudo, por meio de nota oficial, Pinheiro se mostrou ressentido e afirmou que não se encontrará com alguém que o rotulou de “malandro de carteirinha”.
“O governador tem que aproveitar essa reunião e pedir desculpas ao prefeito. O prefeito tem que ter humildade e ir até o palácio, em função desse comportamento arrogante do governador. Eles precisam se sintonizar, foram companheiros de atuação política por muitos anos. Emanuel era coordenador da campanha dele em 2012. Eu, sinceramente, até hoje não consigo entender esse conflito que existe entre os dois, desde o início do mandato do governador. Infelizmente”, disse o deputado.
Para Lúdio, é “inaceitável” que os representantes do Governo do Estado e da capital do Estado não consigam manter uma relação harmoniosa. Para ele, a “descoordenação” reflete na falta de melhores políticas públicas para conter o avanço do vírus.
“É muito ruim. Eu venho alertando para essa descoordenação desses conflitos desde o início da pandemia. É inaceitável esse tipo de situação. O governador é a principal autoridade do Estado, é quem tem a responsabilidade de mobilizar todos os esforços para, por meio de diálogo permanente, pensar e colocar em prática as medidas de enfrentamento à pandemia”, completou.
Diante do iminente colapso na saúde, por conta do esgotamento de leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva – na rede pública e privada – o deputado avalia que o cenário ainda deve piorar a partir do dia 23 de junho, quando todos os leitos deverão estar ocupados e o Estado terá de declarar o colapso total da saúde em Mato Grosso.
“Cuiabá é a cidade onde está o maior quantitativo de profissionais, serviços e estrutura para enfrentar a pandemia, então deveriam estar com a sintonia afinadíssima, fina, reunindo-se todos os dias para traçar as ações de enfrentamento, em todas as áreas. Especialmente no momento dramático que a gente está vivendo, onde o nosso sistema de saúde já está praticamente em colapso. Venho fazendo projeções de que está muito próximo o colapso, que virá antes do dia 23 de junho. A curva epidêmica está na fase de crescimento acelerado. Um cenário mais dramático do que o que a gente está vivendo", avaliou ele.
NÚMEROS DA PANDEMIA
Mato Grosso registrou, até este sábado (13), 5.739 casos confirmados da covid-19 e 199 óbitos. Cuiabá registrou 1.657 pessoas que testaram positivo, das quais 1.203 ainda estão em monitoramento, 396 se recuperaram e 58 foram a óbito.
Dos hospitais sob a gestão estadual, os hospitais de Sorriso, Cáceres, Rondonópolis, Várzea Grande e o Júlio Muller, em Cuiabá, estão com 100% dos leitos ocupados.
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