Fred Moraes
Única News
O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), afirmou que não recebeu o relatório final da Comissão Processante movida contra o vereador Paulo Henrique (MDB), preso durante uma operação da Polícia Federal (PF), que foi deflagrada no mês de setembro.
Em entrevista à imprensa, Chico disse que dentro do legislativo existem prazos, conforme rege o Estatuto da Câmara, porém não recebeu nenhum documento indicando a cassação ou manutenção do mandato.
“É preciso que fique claro: o prazo é previamente estabelecido. A Comissão tem 90 dias para realizar todas as ações necessárias. Não recebi nada. Se Kássio entregou relatório, precisa dizer a quem. Porque eu não recebi e não tenho conhecimento desse relatório. A demora mancha a imagem do relator, não da Casa. A Câmara não tem responsabilidade sobre seus pares. Espero que os vereadores estejam vigilantes e entreguem no tempo correto”, disse Chico, nesta quinta-feira (28).
Chico ainda pontuou que possui dúvidas referentes à cassação ou não do mandato do vereador, já que ele está afastado das funções desde outubro, por determinação do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
“Eu já disse em entrevistas anteriores que tinha dúvida, então logo chegue para mim, para apreciação do plenário, irei submeter à Procuradoria para que possa estar posicionando sobre a legalidade ou não”, emenda Chico.
A comissão investigativa contra o emedebista foi instaurada em 24 de setembro pela Comissão de Ética do Legislativo Municipal.
Alvo da Operação Pubblicare, o parlamentar é acusado de integrar o núcleo de uma organização criminosa, formada por servidores públicos em esquema de lavagem de dinheiro através de casas de show. Conforme a denúncia, Paulo Henrique utilizava de sua influência como vereador para os eventos das casas de show, que eram promovidos pela facção criminosa Comando Vermelho, prejudicando concorrentes em troca de suborno. Consta ainda que o grupo criminoso teria movimentado cerca de R$ 20 milhões.
O Gaeco, que deflagrou a operação, afirmou ainda que o vereador era o responsável por distribuir o dinheiro do suborno, que variava entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por evento, dependendo das circunstâncias de cada fiscalização.
PARLAMENTAR AFASTADO
Paulo Henrique estava afastado de suas funções desde meados de setembro. Em outubro, Raufrides Macedo (PV) foi empossado na cadeira do emedebista.
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