Da Redação
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Esta semana foi pedido o afastamento no Supremo Tribunal Federal, do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) e dos senadores republicanos, Cidinho Santos e Wellington Fagundes. Os três de Mato Grosso fazem parte, na ação, de uma longa lista com mais 42 nomes de senadores brasileiros.
O pedido no STF foi feito pelo advogado Geraldo Francisco de Caninde Lobo, de Goiás, protocolada no último dia 9 de outubro e recebida pelo ministro Edson Fachin, na sexta-feira (13).
O documento de 65 páginas - pede o afastamento dos senadores de Mato Grosso, em particular de Maggi -, supostamente envolvido em esquemas de propinas, constatado nas delações do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e na cobrança de propina de empresários para manutenção de contratos em obras no Estado, em delações feitas pelos executivos da Odebrecht, João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, na Lava Jato.
Maggi estaria envolvido, na delação do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), no episódio em que ambos teriam repassado, cada um, R$3 milhões para o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, para que ele mudasse depoimento no Ministério Público Federal, onde incriminava os ex-gestores, pela compra de uma vaga de conselheiro, no Tribunal de Contas do Estado.
Já nas delações dos executivos da Odebrecht, Maggi, junto com o governador na época de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, conhecido como Zeca do PT, atual deputado federal, teriam cobrarado propina para liberar os pagamentos de crédito à Odebrecht decorrentes de obras realizadas nos Estados. O ministro e ex-governador de MT, Blairo Maggi, teria cobrado R$ 12 milhões da empresa.
(Foto: Reprodução)

Quanto ao senador republicano Wellington Fagundes, ele teria sido flagrado pela Polícia Federal, no dia 5 de maio, em conversas telefônicas com o ex-assessor do presidente Michel Temer (PMDB), Rodrigo Rocha Loures, confirmando a assinatura em Decreto dos Portos, que aconteceria só na semana seguinte. E ainda convidando-o para um jantar, com a presença do ministro do STF, Gilmar Mendes. Loures está preso desde 3 de junho por crimes contra os cofres públicos.
O senador Cidinho Santos(PR) - que assumiu a vaga de Maggi, quando este último assumiu o comando do Mapa, no governo Temer -, foi denunciado pelo Ministério Público Federal e responde em ação penal 991, cujo relator é o ministro Edson Fachin, por crime de responsabilidade e crimes da lei de licitação.
Além de outras ações provenientes da operação Sanguessuga, também conhecida como a Máfia das Ambulâncias, que na época investigou a venda de ambulâncias superfaturadas.
Oa advogado ainda pede o afastamento dos senadores Aécio Neves (PSDB), recentemente afastado de suas funções por conta da Operação Lava Jato, da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC), da senadora e pecuarista Katia Abreu (PMDB), entre outros parlamentares.
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