Cuiabá, 16 de Maio de 2024

SAÚDE E BEM ESTAR Sábado, 06 de Junho de 2020, 10:27 - A | A

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SAÚDE E BEM ESTAR / ESTÉTICA FACIAL

Dermatologia X Plasma Rico em Plaqueta: tratamento pode ser usado para rejuvenescimento

Dermatologista Karin Krause enfatiza que proteínas do sangue estimulam, de maneira eficiente, a regeneração e reprodução celular

Da Redação



O uso do plasma rico em plaquetas (PRP) em medicina vem se tornando mais frequente na última década. Dermatologista Karin Krause Boneti enfatiza que seu uso na dermatologia já é amplamente empregado na Europa e América do Norte, ganhando cada vez mais espaço na dermatologia no Brasil. O que vem a ser o PRP e qual o mecanismo de ação na sua utilização dentro da dermatologia? Karin explica que a expressão “plasma rico em plaquetas” é usada genericamente para descrever uma suspensão de plasma obtida a partir do sangue total, preparada de forma a conter concentrações de plaquetas superiores às encontradas normalmente no sangue circulante. Essa suspensão é obtida através da coleta de sangue venoso em um tubo de ensaio, contendo anticoagulante e posteriormente submetido a um processo de centrifugação, por cinco minutos.

“Esse processo promove uma decomposição do sangue, separando o plasma dos glóbulos vermelhos e brancos. Assim, é possível aspirar o plasma e utilizá-lo nos protocolos terapêuticos”, diz. A dermatologista ressalta que nosso sangue, além das células vermelhas (hemácias) e brancas (leucócitos), possuímos as plaquetas e, dentro delas, grânulos contendo diversos tipos de fatores de crescimento denominados por siglas como: PDGF (Platelet derived growth factor) e VEGF ( Vascular Endothelial growth factor), que estimulam o crescimento de novos vasos sanguíneos, o FGF (Fibroblast Growth Factor) – fator de crescimento fibroblástico, que estimula a produção de colágeno e o EGF (Endothelial Growth Factor), que estimula a reprodução e crescimento celular, entre outros. Essas proteínas estimulam de maneira eficiente a regeneração e reprodução celular.

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ALOPECIA X PRP O PRP tem se destacado como uma importante ferramenta no tratamento da calvície, sendo aplicado em todo o couro cabeludo através de microinjeções, em média de 3 a 6 sessões, com intervalos mensais. Estudo in vitro e in vivo em animais, mostrou que há maior proliferação de células da papila dérmica quando incubadas com PRP, em comparação aos controles. Os animais que receberam injeções de PRP subcutâneo mostraram mais velocidade de transição da fase telógena (fase de queda) para a anágena (fase de crescimento capilar), quando comparados aos controles, que receberam apenas injeções de solução salina.   CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS X PRP A utilização do PRP para acelerar a cicatrização de feridas é a que mais inspira estudos clínicos. Karin Krause destaca que publicações abordam vários temas, como, por exemplo, seu uso no tratamento de feridas crônicas em pacientes diabéticos, na avaliação da velocidade de reepitelização de áreas doadoras para enxertos de pele e fechamento de úlceras crônicas devido a insuficiências vasculares, entre outros.

“Assim, a aplicação do plasma rico em fatores de crescimento nos tecidos lesados é benéfica para atribuir mais agilidade aos processos de regeneração”, diz.

A presença de receptores de membrana das plaquetas em células dérmicas indica a participação dessas células em processos de reparação e cicatrização.  REJUVENESCIMENTO X PRP Um estudo com aplicação de PRP junto ao meio de cultura de fibroblastos dérmicos humanos, levou a uma maior proliferação dessas células, bem como aumentou a sua produção de colágeno, em comparação às culturas-controle, que não foram incubadas com PRP. Da mesma forma, a cultura de células-tronco derivadas de tecido adiposo em meio com PRP, também aumentou a proliferação dessas células. “Esse achado reforça a possibilidade de o PRP interferir na biologia das células-tronco presentes na pele e embasa a sua utilização como um promissor agente estimulador de fibroblasto, com aumento do colágeno e combatendo de forma efetiva o envelhecimento cutâneo”, afirma Karin. A dermatologista frisa ainda que, com todas estas evidências científicas, é inegável que o tratamento com plasma rico em plaqueta é extremamente promissor e sua abrangência certamente se estenderá para outras aplicações, haja vista o seu enorme potencial em estimular as células tronco. Karin pondera que essa vertente ainda requer muitos estudos científicos, mas já engatinhamos para uma nova era dentro da medicina, que nos permitirá um maior entendimento de como funcionam as vias de sinalizações e diferenciação celular. “Esse é só o começo. Espera-se, através dessas descobertas, criar a partir de células troncos do próprio indivíduo, conhecendo as corretas vias de sinalizações, desenvolver tecidos como pele e cabelo, resolvendo de forma definitiva problemas como a calvície, regeneração cutânea e a formação de colágeno no combate ao envelhecimento cutâneo”, complementa a dermatologista.  

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Drª Karin Krause Boneti Diretora Médica CRM: 5360. RQE: 2760 

Informações FRÉMISSANT - Clínica de Dermatologia Rua Baurus. Lt 06, Qd 03, Condomínio Alphaville Bairro Jardim Itália. Cuiabá – MT  (65) 3653-3361 (65) 3653-6320

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