06 de Julho de 2025
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VARIEDADES Quarta-feira, 02 de Outubro de 2024, 11:02 - A | A

02 de Outubro de 2024, 11h:02 - A | A

VARIEDADES / "IAM ME VER COMO LOUCA"

Wanessa Camargo sobre esconder do público o diagnóstico de síndrome do pânico

Cantora reflete sobre mudanças no comportamento dos artistas com a nova era da internet

Revista Quem
Única News



Na carreira musical desde o início dos anos 2000, Wanessa Camargo pode dizer que atravessou a mudança drástica na vida dos artistas com a ascensão das redes sociais. A cantora conta à Quem como passou a lidar com a era que humanizou as figuras públicas ao mesmo tempo em que também promoveu maior exposição.

"Foi um aprendizado, porque venho de uma geração que a gente tinha outra forma de ver o artista, de uma coisa meio pedestal. A gente não podia demonstrar nossas fragilidades, vulnerabilidades, a gente tinha que estar sempre perfeito, impecável nas fotos, nos lugares. Imagina se postar acordando, desarrumada?", refletiu.

'Régua' da exposição

 

Ela explica como entendeu que o quanto mais próxima e mais identificável com o público, mais chances de atingir os objetivos de trabalho. "Ainda mais quem trabalha com música, que é uma coisa tão emocional, é emoção pura. Acho que é um equilíbrio. Fui aprendendo com o tempo como a ser mais humano na minha vida profissional, ser real e ao mesmo tempo colocar um limite para que também possa ter minha privacidade, que tem que ser preservada", afirmou.

Filha de Zezé Di Camargo e Zilu, namorada de Dado Dolabella, com quem reatou após muitos anos, e mãe de José Marcus, de 12 anos, e João Francisco, 10, a ex-BBB define o limite para a exposição aos quase cinco milhões de seguidores após ter participado do maior reality show do país. "Acho que é na vivência, é você entender: 'Aqui não vou colocar mais vida pessoal'. Tenho isso muito como mãe, com meus filhos, relacionamentos, familiares", declarou.

 

"Tenho uma régua que é o seguinte: se alguma coisa particular pode acrescentar para o meu público, se alguma experiência de alguma forma vai fazer uma diferença na vida do outro, é legal. Se não faz diferença, não tem necessidade, é somente aparecer", completou.

Síndrome do pânico

 

Ela cita o diagnóstico de síndrome do pânico como exemplo de uma vivência muito pessoal, que passou a ser compartilhada quando assimilou que poderia inspirar outras pessoas que passem pela mesma situação. Mas demorou para deixar a resistência à exposição da vulnerabilidade de lado.

"Quando tive minha primeira crise, em 2004, ninguém falava disso. Iam me ver como louca e não queria que as pessoas me vissem assim, escondi do público, escondi de todo mundo. Nessa segunda vez, depois de quase 20 anos, entendi que era parte do meu papel como comunicadora, influenciadora de alguma forma, dividir com meu público uma vulnerabilidade que estava vivendo e que poderia contribuir com outras pessoas que estavam vivendo isso", explicou.

Wanessa garante que o carinho dos seguidores foi o maior suporte na saída do BBB 24 após ter sido expulsa, junto da rede de apoio da família, amigos e pessoas queridas. "Eles são a mola que te levanta. A minha família, amigos, pessoas com quem convivo em 41 anos de vida foram essenciais para que pudesse ter esse esse lugar de acolhimento e sustenção. Mesmo sem pedir ajuda, porque capricorniano tem uma dificuldade de pedir ajuda, quer resolver tudo sozinho, dar conta de tudo", afirmou.

"Não precisei pedir ajuda, pois meu olhar, minha fala, meu jeito já falava e todo mundo entendeu. Inclusive pessoas que me acompanham há anos e que me deram todo suporte e amor do mundo", completou.

 

Pressão por números

 

A cantora, que lançou o single Caça Like após o BBB 24, também assume que a pressão pelos números é o maior desafio atualmente para o artista em meio à grandeza da internet. "Você não se deixar levar pela questão de números no sentido de: 'Nossa, fiz uma coisa que é tão legal, mas não entregou tanto. Vou ter que fazer o que estão fazendo, que está entregando o número?'. É você entender que tem horas que tudo bem não pegar número, tudo bem ser mais real. Esse equilíbrio é difícil", concluiu.

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