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Masahiro Inoue é presidente da Toyota para a América Latina e, como seus sucessores, tem um dilema em sua posição de chefe na região: convencer a matriz no Japão de que vale a pena investir aqui.
Inoue, que está no Brasil desde 1992, diz que “carro no Brasil é muito caro” e isso tem relação direta com o chamado “custo Brasil”, algo que os japoneses não entendem.
O executivo pontua que a carga tributária que incide sobre os automóveis no país, encarecem o produto ao consumidor, com preços correspondentes em dólar acima da média de outros países.
O assunto não é novidade, já que todos os fabricantes instalados no país criticam a enorme carga tributária sobre o setor automotivo, reduzindo a competitividade do Brasil diante de players internacionais.
Assim como a Toyota, outras montadoras do setor esperam que a Reforma Tributária reduza os custos da indústria e tornem os carros mais baratos adiante.
Com juros altos, baixa demanda e crise de autopeças, Inoue vê uma situação difícil no Brasil, mas garante que as fábricas da Toyota conseguem contornar o problema com exportações.
O executivo defende ainda que os subsídios para o mercado são válidos, mas indica serem temporários e, que o ideal, é uma política tributária de longo prazo.
Como um mantra no setor automotivo, especialmente entre os fabricantes nipônicos, falta ao Brasil previsibilidade na economia e na política, de modo que as matrizes no Japão compreendam que vale a pena investir no país.
Sem isso, como aponta Inoue, os investidores pausam e os investimentos acabam indo para mercados mais seguros, como EUA e China.
Durante muitos anos, a Toyota pouco investiu no país, mas com a melhora do cenário há pelo menos 15 anos, a empresa dobrou a quantidade de fábricas e ampliou o portfólio nacional em seis vezes, considerando a carroceria, passando de um para seis modelos locais.
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