por Agência EFE
(Foto: Agência EFE/Paul Hilton)

Cientistas dos Estados Unidos observaram que o vírus da zika pode ser passado via oral entre primatas, ainda que o risco de transmissão através da saliva seja baixo, revelou um estudo publicado nesta terça-feira na revista “Nature”.
A pesquisa, coordenada pela Universidade de Wisconsin, deu novas pistas sobre o funcionamento deste vírus e como pode se propagar entre populações humanas.
“O vírus da zika está presente na urina, na saliva, nas lágrimas e no leite materno, mas o risco de transmissão envolvendo estes fluidos corporais, atualmente, é desconhecido. Aqui, avaliamos o risco de transmissão da zika através do contato mucosal em macacos rhesus”, explicaram os autores no documento.
Ainda que seja transmitido principalmente através da picada de mosquito e por contato sexual, existe pelo menos um caso de “contágio não sexual” entre humanos ocorridos em um hospital, lembrou o estudo.
O especialista à frente da investigação, Thomas Friedrich, e membros da Universidade de Wisconsin suspeitavam que algum dos fluidos corporais poderia ser o culpado pela infecção e calcularam o risco de transmissão via oral em macacos através da saliva.
Para o estudo, os cientistas administraram uma dose alta do vírus nas amígdalas de três rhesus e constataram que dois dias depois todos os animais estavam infetados. Eles também confirmaram que os níveis do vírus no sangue e na urina eram semelhantes aos observados em animais infetados com uma injeção subcutânea, o que sugere que a transmissão via oral é possível.
Outros três macacos inoculados de maneira subcutânea com o zika atuaram como doadores de saliva para analisar o risco de transmissão através do contato com secreção oral de indivíduos infetados. Depois, foi observado que sete primatas saudáveis expostos repetidamente a essa saliva através de olhos, amígdalas e cavidades nasais não contraíram o vírus.
“Os nossos resultados sugerem que existe um risco de transmissão do vírus da zika através da via mucosal, mas que o perigo é baixo”, afirmaram os especialistas, que reconheceram a necessidade de mais estudo para conhecer detalhadamente os mecanismos de transmissão.
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