Thays Amorim
Única News
O maqueiro Edésio Alves de Assunção, de 51 anos, enfrenta nesta quinta-feira (28) júri popular pela morte da enfermeira Josilaine Maria Gomes dos Reis, que morreu aos 32 anos, em outubro do ano passado, a facadas na frente dos três filhos, no bairro Nova Esperança, em Cuiabá. Josilaine era ex-companheira do suspeito e já havia sido ameaçada de morte anteriormente.
De acordo com o boletim de ocorrência, Edésio invadiu a casa da ex-mulher, arrombando a porta. O homem, que não aceitava o fim do relacionamento, atacou a ex com várias facadas, quando os filhos estavam em casa.
A vítima foi encontrada morta por agentes da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), sendo que o maqueiro estava sujo de sangue em um dos quartos da residência. Segundo a Polícia Militar, ele tentou se matar depois do crime e estava com uma faca debaixo da perna.
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Edésio já havia sido denunciado pela enfermeira em um processo com mais de 100 páginas, ao qual o Única News teve acesso na época, por violência doméstica e perturbação. Ele também havia sido alvo de uma segunda acusação por tentativa de homicídio contra uma ex-companheira, sendo absolvido em agosto do ano passado. Josilaine possuía uma medida restritiva contra o réu.
A denúncia da promotora de Justiça, Elisamara Sigles Vodonós Portela, do dia 15 de julho de 2019, aponta que o feminicida e Josilaine conviveram durante quatro anos e tiveram um filho. Inconformado com a separação, que ocorreu em dezembro de 2017, o autor do crime passou a fazer ameaças de morte contra a enfermeira, além de persegui-la e ofendê-la.
Em outra ocasião, ao pagar a pensão alimentícia, Edésio a ameaçou e anunciou o crime que viria a acontecer. "Assim que sair o pagamento, vou comprar uma arma. [...] Vou te matar dormindo, vou matar todos que você mais ama, junto com você. Se você me denunciar, chegar algum papel lá em casa, eu vou te matar. Não vou agredir ninguém, prefiro mulher morta do que mulher viva aqui fora aprontando, ficando outra pessoa, e eu vou para a cadeia".
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