Cuiabá, 05 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Terça-feira, 06 de Fevereiro de 2024, 16:51 - A | A

06 de Fevereiro de 2024, 16h:51 - A | A

JUDICIÁRIO / ABUSO DE AUTORIDADE

MP denuncia delegado que invadiu residência no Florais dos Lagos

Bruno França foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de abuso de autoridade agravada pelo crime de ameaça.

Ari Miranda
Única News



Reprodução/Única News

DELEGADO BRUNO FRANÇA

No detalhe, o delegado de Polícia Civil, Bruno França.

Em decisão publicada no dia 1º deste mês, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ofereceu denúncia contra o delegado de Polícia Civil, Bruno França, pelos crimes de abuso de autoridade, agravada pelo crime de ameaça, cometidos durante uma suposta operação policial na casa da empresária F. C. G. N, na noite de 28 de novembro de 2022, no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá.

Na ocasião, França, que estava de arma em punho, ameaçou atirar na cabeça da mulher, que estava aos gritos. Toda a situação foi presenciada por uma criança de 4 anos de idade.

O caso foi registrado por uma câmera de segurança da residência, que teve ampla divulgação na imprensa estadual e chocou a população.

RELEMBRE O CASO

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Passava das 21h, quando o delegado invadiu a residência, onde estavam a empresária, o esposo dela e a filha do casal. Segundo a denúncia apresentada pelo MP, Bruno França agiu “por mero capricho ou satisfação pessoal”, causando constrangimento à dona da residência.

Segundo as investigações, o que motivou a ação truculenta de Bruno França foi um desentendimento do enteado do delegado, de iniciais J. M. M. A. B., com o filho da empresária dona da casa invadida. Após a confusão, o jovem ligou para o avô, que por sua vez acionou Bruno, que atua na Delegacia de Sorriso (397 Km de Cuiabá), mas estava em Cuiabá no dia dos fatos.

“Após adentrar no imóvel (de forma ilegal) com arma em punho e em evidente abuso de poder, sob premente princípio da pessoalidade, o denunciado se dirigiu à vítima F.’e deu voz de prisão anunciando: ‘(...) você não sabe que não pode chegar perto do meu filho e da próxima vez, eu estouro sua cabeça’ (sic)”, diz a denúncia.

Contudo, na denúncia apresentada pela Corregedoria da Polícia Civil, o MP rejeitou o indiciamento do delegado pelo crime de injúria, supostamente cometido contra o advogado da empresária, o jurista Rodrigo Pouso Miranda, que, dentro da delegacia, ao questionar o motivo da prisão de sua cliente, foi hostilizado e xingado por Bruno França.

“Filho da p***, vai tomar no c*! Vai a p*** que pa*** (Sic.)”, disse ao advogado de defesa.

De acordo com o Ministério Público, durante interrogatório sobre o caso, Bruno França alegou que “estava muito nervoso e reconhece que não deveria ter feito ‘uma entrada tão agressiva’ e que houve uma desproporcionalidade, principalmente no tom de voz usado, pois era uma pessoa que ofereceria pouca resistência”.

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