Claryssa Amorim
(Foto: PJC)
A índia recém-nascida que foi enterrada viva e resgatada, nesta terça-feira (5), em Canarana (a 838 km de Cuiabá), será acompanhada pelo Conselho Estadual de Direitos da Criança e Adolescente (Cedca). Segundo a Cedca da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT), a menina estará sob a tutela do Estado e vai acompanhar o caso.
A conselheira tutelar do município, Jordilene Lopes, informou que uma equipe da instituição está em diligência para a cidade de Água Boa, onde a bebê encontra-se em observação no hospital local.
Segundo ainda Jordilene, o Conselho Tutelar vai resguardar a integridade da menor e garantir o acolhimento humanizado.
O major João Paulo Bezerra do Nascimento, que atendeu a ocorrência declarou que “Passamos a acreditar em milagre”.
A bebê recém-nascida com menos de 24 horas de vida foi resgatada após ser enterrada viva, nesta terça-feira (5), em Canarana. Segundo a Polícia Militar, a bebê vem de família indígena e a mãe, de 15 anos, relatou que a criança teria morrido no parto.
A mãe relatou que ao dar à luz no banheiro, por volta de 12h, a mãe não teria conseguido segurar o bebê e ela caiu no chão.
A mãe e a bisavó da criança foram levadas para a delegacia, onde prestaram depoimento à Polícia Civil. A bisavó Kutz Amin, de 57 anos, foi presa em flagrante por tentativa de homicídio, por ser a responsável de enterrar a criança. Segundo a Polícia Civil, a bebê vem de família indígena da etnia Tamayura de uma das 19 que vivem no Parque Nacional do Xingu. Ainda segundo a polícia, a criança sobreviveu durante 7 horas em baixo da terra.
O bebê foi transferido de Canarana para o Hospital Regional de Água Boa, a 736 km de Cuiabá.
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