Cuiabá, 08 de Maio de 2024

POLÍCIA Quinta-feira, 31 de Março de 2022, 07:47 - A | A

31 de Março de 2022, 07h:47 - A | A

POLÍCIA / SEGUNDA FASE ‘RES CAPTA’

PF cumpre mandado na empresa que atuava no recebimento de propina por servidores da Funai em MT

Marcella Magalhães
Única News



  A Polícia Federal em Barra do Garças/MT cumpriu nesta quinta-feira (31), em Confresa (1.060 km de Cuiabá), durante a deflagração da 2ª fase da “Operação Res Capta”, dois mandados de busca e apreensão, sendo um na sede de uma empresa suspeita de ter atuado decisivamente na camuflagem do suposto recebimento de propinas por servidores da FUNAI de Ribeirão Cascalheira (782 km de Cuiabá) e o outro na residência da pessoa responsável pela referida empresa.

Segundo informações divulgadas pela PF, através da análise preliminar do material apreendido na 1ª fase da “Operação Res Capta”, em cotejo com as diversas oitivas realizadas, apurou-se que as pessoas que arrendavam ilegalmente terra na Reserva Indígena Marãiwatsédé estavam sendo obrigadas a pagar 10% (dez por cento) do valor do arrendamento, de forma antecipada, a servidores da FUNAI de Ribeirão Cascalheira, por supostos serviços de medição da área.

Pagariam, ainda, após a finalização das supostas medições, R$ 5,00 (cinco) reais por hectare medido, o que poderia totalizar aproximadamente R$ 825.000,00 (oitocentos e vinte e cinco mil reais), considerando a extensão da Terra Indígena.    Através da deflagração da 1ª fase da Operação, interrompeu-se a continuidade delitiva.

De acordo com o teor dos interrogatórios prestados na Delegacia de Polícia Federal em Barra do Garças/MT, os servidores alegaram aos arrendatários que a medições seriam imprescindíveis para formalizar um suposto Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no Ministério Público Federal. Esse TAC, que nunca existiu, permitiria aos arrendatários explorar economicamente a Terra Indígena Marãiwatsédé por até 15 (quinze) anos.

A empresa contratada por um dos servidores da FUNAI que foi preso na 1ª fase da Operação é suspeita de ter papel preponderante no esquema, eis que ela era responsável pela execução dos serviços desnecessários.    Suspeita-se que as supostas medições serviriam para camuflar a natureza ilícita dos pagamentos.

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