Thays Amorim
Única News
A Polícia Federal (PF) apreendeu duas intimações de cobrança de notas promissórias do 4º Serviço Notorial de Cuiabá em nome do senador Carlos Henrique Baqueta Fávaro, encontradas no quarto do ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Nilton Borgato (PSD). No dia 19 de abril, Nilton foi alvo de um mandado de busca e apreensão, além de ter sido preso, por suposto envolvimento em um esquema internacional de tráfico de drogas.
Os documentos foram localizados no seu apartamento no bairro Jardim Aclimação, em Cuiabá, segundo o termo de apreensão ao qual o Única News teve acesso. O ex-secretário é investigado no âmbito da Operação Descobrimento.
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Também foram apreendidas três folhas contendo tabelas com nomes, números de notas fiscais e valores, intituladas “lista pagamento da gráfica”, “lista dos candidatos PSD” e “lista dos candidatos PP”, encontradas em seu quarto. Antes de ser preso, Nilton pediu exoneração do Governo e pretendia ser candidato a deputado federal.
Foram localizados ainda três comprovantes de depósitos bancários, com as inscrições praticamente apagadas, em nome de Auto Comércio de Veículos, no valor de R$ 43,7 mil e R$ 50. O terceiro favorecido foi o funcionário público federal Ricardo Agostinho, integrante do primeiro escalão da organização criminosa, no valor de R$ 52 mil.
Todos os comprovantes estavam grampeados a um pedaço de papel contendo valores, todos encontrados no quarto de Nilton.
De acordo com a investigação da PF, Nilton era responsável por facilitar a entrada de drogas da Bolívia a Mato Grosso, que depois seria levada a Jundiaí, em São Paulo, e encaminhada a países da Europa, como Portugal, escondida na fuselagem de jatinhos de luxo.
Além de Borgato, o ex-assessor do governador Silval Barbosa, o lobista Rowles Magalhães, também foi alvo da ação. O ex-secretário e Rowles, que faziam parte do primeiro escalão do tráfico, também negociavam produtos para a Covid-19.
Outro lado
A assessoria do senador Carlos Fávaro informou ao Única News que não irá se posicionar sobre o caso, já que o parlamentar não teve acesso aos documentos apreendidos pela PF.
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