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POLÍTICA Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2021, 16:00 - A | A

24 de Fevereiro de 2021, 16h:00 - A | A

POLÍTICA / GANHOU, MAS NÃO LEVOU

Sérgio Ricardo anexa decisão de STJ a recursos para se livrar de acusações

Keka Werneck
Única News



Conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Mato Grosso, Sérgio Ricardo informou ao Única News que anexou decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a recursos jurídicos, através dos quais tenta se livrar de acusações.

Ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou, dia 18 deste mês, a medida cautelar que mantinha 4 conselheiros do TCE afastados, já há 4 anos, por suspeita de corrupção.

Entre eles, José Carlos Novelli, que tomou posse de imediato após autorização do STJ, e Antônio Joaquim, que conseguiu decisão favorável na 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, dada pelo juiz Jefferson Schneider, no sábado (20).

Em uma ação, Sérgio Ricardo responde por corrupção ativa. Foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), assim como o então ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP). Ambos foram envolvidos em esquema de compra e venda de vagas no TCE-MT em 2009.

A denúncia foi apresentada no âmbito da Operação Ararath, da Polícia Federal. A investigação aponta uma organização criminosa instalada no alto escalão dos poderes Executivo e Legislativo do Estado.

Segundo a PGR, há provas de pagamentos ao então conselheiro Alencar Soares Filho para que ele se aposentasse, o que ocorreu em 2012. Para se aposentar, Alencar teria aceitado propina – algo em torno de R$ 12 milhões. Ele saindo, de acordo com delações, entraria o ex-secretário Éder Moraes, mas ao final, quem pegou a vaga foi Sérgio Ricardo.

Sérgio nega qualquer esquema e diz que, assim como Blairo que conseguiu trancar a ação, busca o mesmo recurso. Afirma que é vítima de mentirosos, se referindo ao ex-governador Silval Babosa e o ex-deputado José Riva. “São mentirosos, que mentiram para sair da cadeia, são réus confessos, delatores, que esperam obter perdão judicial”, disse ao Única News.

De acordo com ele, a verdade, mais cedo ou mais tarde, virá à tona e ambos perderão direitos que são obtidos por delatores.

Outro que ainda não conseguiu tomar posse de volta ao Tribunal é o conselheiro Waldir Teis, que também tem impedimentos jurídicos. Teis chegou a ser preso, em 2020, acusado pela Polícia Federal de tentar atrapalhar as investigações. ele foi filmado ao descer correndo 7 andares do prédio onde mora, durante busca e apreensão da PF, tentando se livrar de cheques envolvidos em irregularidades, jogando-os em uma lixeira.

Já Valter Albano, que também tinha sido afastado, voltou ao cargo em agosto do ano passado, com autorização da Justiça. Atualmente ele é corregedor do TCE.

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