Cuiabá, 27 de Abril de 2024

VOLTA AO MUNDO Terça-feira, 30 de Julho de 2019, 10:38 - A | A

30 de Julho de 2019, 10h:38 - A | A

VOLTA AO MUNDO / CASO DOS HACKERS

Ministério Público abre investigação para apurar se houve falha de operadoras no caso dos hackers

Inquérito civil público foi aberto neste mês com base na investigação sobre hackers que invadiram celulares de autoridades.

Por Camila Bomfim, TV Globo
Brasília



O Ministério Público Federal em Brasília abriu inquérito civil público para investigar se houve falhas das operadoras de telefonia no caso das invasões de celulares de autoridades.

Na semana passada, a Polícia Federal prendeu quatro suspeitos de ter invadido os telefones. Um dos presos, Walter Delgatti, detalhou como fez para chegar às contas do aplicativo Telegram de autoridades como o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procuradores da Lava Jato.

O MPF quer analisar vulnerabilidades das operadoras, como o acesso a caixa postal quando o hacker liga para um número usando o mesmo número do destinatário. Essa brecha foi explicada na decisão que autorizou a operação, na terça-feira passada (23), que prendeu os quatro suspeitos.

“O Telegram permite que o usuário solicite o código de acesso via ligação telefônica com posterior envio de chamada de voz contendo o código para ativação do serviço Web, cuja mensagem fica gravada na caixa postal das vítimas. O invasor então realiza diversas ligações para o número alvo, a fim de que a linha fique ocupada, e a ligação contendo o código de ativação do serviço Telegram Web é direcionada para a caixa postal da vítima.”

Questionada se as operadoras corrigiram essa falha ou se algo foi determinado às empresas, a Anatel respondeu que “A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) não confirma as informações. A Anatel está colaborando com a Polícia Federal, empregando todos os instrumentos e equipes técnicas disponíveis. Para garantir o necessário sigilo à operação, não serão divulgadas mais informações no presente momento”, disse o juiz Vallisney de Oliveira, quando autorizou as prisões na semana passada, reproduzindo o que apontaram as investigações da PF.

Na Polícia Federal, as investigações correm em sigilo. Os quatro suspeitos de envolvimento de hackeamento de autoridades dos três poderes vão passar hoje por uma audiência de custódia na Justiça Federal de Brasília. Esse tipo de audiência serve para comprovar se os requisitos legais para a continuidade das prisões deles estão sendo cumpridos e se a defesa tem novos elementos que levem o juiz a conceder a liberdade dos suspeitos. A prisão temporária deles vence na quinta-feira .

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