12 de Dezembro de 2024
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ARTIGOS/UNICANEWS Quinta-feira, 23 de Agosto de 2018, 08:28 - A | A

23 de Agosto de 2018, 08h:28 - A | A

ARTIGOS/UNICANEWS / ONOFRE RIBEIRO

Discussões



            Já iniciada a campanha eleitoral para 2018, é natural que todos os candidatos peçam voto aos eleitores. È como se fosse uma venda casada. Um promete serviços que o outro quer comprar. A moeda do comprador é o voto. A mercadoria são os serviços que o vendedor oferece. Numa negociação comercial, a relação é tratada em detalhes. O vendedor precisa dar garantias do produto, preço, condições e qualidade. No caso do voto, não existem garantias de qualidade, da validade e nem dos resultados.

            Por aí se vê como será delicada neste ano, mais do que noutros, essa negociação. O vendedor tem má fama. O comprador tem medo de fazer o negócio e dar errado como das outras vezes. 

            Claro que a relação não é comercial. É de confiança. O vendedor é um usuário das leis existentes. Ou tem por missão fazer leis novas para temas novos que a sociedade gera. Isso não é o que tem acontecido. Mas nesta eleição o vendedor deveria, no mínimo, demonstrar ao comprador que conhece o terreno onde pisa. Não se vê.

            Vamos aos fatos. Os candidatos a governador estão no campo das generalidades superficiais. Ou, ironicamente: mergulhados na superficialidade profunda. Até agora ninguém saiu da superfície. Os problemas como nunca estão na vida de todos os eleitores. Não enxergando proposições objetivas, o comprador se refugia no conforto de não comprar. Não vota!

            No campo do Senado, até agora dois apresentam propostas objetivas e claras: Carlos Fávaro e Nilson Leitão. No mais, mergulhos na superfície.

            No campo parlamentar  da Assembléia Legislativa e da Câmara dos Deputados a pobreza é comovente. 

            No campo do comprador, também conhecido como eleitor, há desejos de compra por serviços especializados de ética, de saúde, de educação, de segurança e de cidadania. Antes não. Mas agora ele está razoavelmente consciente de que os serviços que poderá ou não comprar, são de qualidade duvidosa. Vai pensar antes de arriscar.

            Os cenários dos ganhadores são ruins pra eles e péssimos pros compradores. Não há esperanças de que se possa corrigir os rumos da nave Brasil num prazo de pelo menos 8 anos, a contar de 2019. É muito tempo.

            Dia 31 começará o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Os candidatos pensem bem e meçam o que vão dizer e as promessas. O seu mercado está em baixa como nunca esteve antes.

 

Onofre Ribeiro é jornalista em mato Gross

[email protected]    www.onofreribeiro.com.br

 

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