30 de Abril de 2025
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ARTIGOS/UNICANEWS Terça-feira, 02 de Agosto de 2016, 11:11 - A | A

02 de Agosto de 2016, 11h:11 - A | A

ARTIGOS/UNICANEWS / ARTIGO

Não candidatura tucana

Por Lourembergue Alves



 

Candidaturas vêm sendo postas, e em meio a estas também as insatisfações de alguns políticos. Insatisfações que dividem ou aumentam a divisão existente no interior das siglas partidárias. Divisão que será levada igualmente para as disputas, mesmo com as alianças sacramentadas, e os chefes dos grupos se juntando. É isto que se vê, por exemplo, no PSDB, que se juntou ao DEM e ao PSD, em Sinop, com os avais de Pedro Taques, Nilson Leitão, Carlos Favaro e Dilmar D‘Bosco. Grupo que tem Roberto Dorner (DEM) na disputa pela prefeitura, em substituição ao tucano Fernando Assunção (candidato a vice). Este desistiu de brigar pela chefia do Executivo do município, depois que viu a si próprio sendo ‘fritado’ pelo PSDB/MT. Comentário bastante frequente entre os sinopenses.

 

Situação criada em razão do embate permanente, no município, entre dois grupos, a saber: o do prefeito Juarez Costa (PMDB) e o do deputado federal Nilson Leitão (PSDB). Embate pelo poder de mando local. Assim, os interesses particulares e pessoais destes dois políticos sinopenses sobrepuseram às necessidades das siglas que eles se acham filiados, da cidade e da população. Tanto que para eles não importa se o PMDB e o PSDB tenham candidaturas próprias. 

 

A não candidatura peessedebista em Sinop, por outro lado, na verdade, repete-se em outras cidades-polos do Estado. Com exceção de Rondonópolis e de Várzea Grande. Nesta última, porém, a candidatura tucana, importante e necessária, coloca-se em oposição e em resistência as vontades do governador e do presidente regional da sigla peessedebista. 

 

Foi, aliás, por vontade de sua cúpula que o partido não terá candidato próprio em Cuiabá. ‘Abriu mão’ para apoiar o prefeito. O ‘abrir mão’ não parece ser bem a frase correta. Pois o partido tucano no Estado não possui, em seus quadros, nomes com densidade eleitoral e capital político suficientes para as disputas municipais. A indecisão na escolha do candidato a vice-prefeito na chapa Mauro Mendes é um retrato fiel do momento vivido pela sigla no Estado. 

 

Esperava-se outro comportamento dos tucanos, especialmente a partir da filiação do governador Pedro Taques. Isto porque, historicamente, em Mato Grosso, a agremiação política que teve a chefia do Executivo estadual cresceu em termos de filiação, ganhou nomes que já possuíam certa visibilidade, ou por estarem em postos de destaque na administração pública, ou por ocuparem cadeiras nos Parlamentos estadual e federal. O PDT, por exemplo, fortaleceu-se com a eleição de Dante de Oliveira ao governo do Estado. O mesmo ocorreu com o PPS e o PR, quando estas agremiações, em momentos distintos, tinham o governador Blairo Maggi em suas fileiras. O próprio PSDB também teve um crescimento significativo com a filiação do governador Dante de Oliveira. Situação, contudo, que não se repete agora. 

 

O PSDB, em alguns municípios, estranhamente, perdeu antigos filiados. Isto deveria ser tema de discussão dentro do ninho tucano mato-grossense. Deveria, mas não é, nem será um dia. Talvez, por isso, ela não se renovou. E isto traz outro resultado: ausências de nomes competitivos em Cuiabá e em vários municípios do Estado. É isto. 

 

Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: [email protected]

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