Suelen Alencar - Jornalista

A lista mais esperada do mundo Cult é, sem dúvida, a que elenca os indicados ao Prêmio do Oscar. A premiação de 2017 parece que ganha mais cor, revela recorde, surpresa e outras coisas. Digo isso, porque o filme com mais indicação é uma produção musical - ''La La Land cantando as estações'' , que chega com 14 indicações. Fato que não surpreende, já que o filme é um produto categoricamente feito para concorrer a quase todas as categorias, redundante? não. Mas, vejamos que; nem só de La La Land vive a lista do Oscar.
O recorde fica por conta de Mery Strepp superar seu próprio recorde, indicada pela 20ª vez a categoria de melhor atriz é mesmo um título de estrela.
O Brasil mais um vez deixa seu povo entristecido, já que além de estar fora da disputa a empolgação desse ano será um musical ao estilo Disney. Não tem tortura maior para o brasileiro, sim! já que costumes americanos costuma costumeriramente ganhar no Oscar (Não é redundância , garanto). Como prova vamos lembrar da disputa de Carlinhos Brown e Sergio Mendes na categoria de melhor canção original por 'Real in Rio', tema da animação de Carlos Saldanha ter perdido para os famosinhos bonecos americanos, os Muppets. ''La La Land'' pode ser uma produção com uma imensa qualidade, mas para os sul-americanos é apenas um 'filminho que tem música'. Há quem pense diferente, por exemplo eu e meu colega de trabalho Ruan.
Por aqui só fica o sonho de ganhar um cavaleiro de ouro, já que as chances de disputa este ano passou longe depois que o filme brasileiro "Pequeno segredo" ficou de fora da categoria melhor filme estrangeiro. Outra decepção na lista é a não indicação de Taraji Penda Henson ''Estrelas além do seu tempo'', a categoria de melhor atriz, mesmo com uma liderança absurda nas bilheterias americanas, foram US$20,8 milhões. Poxa!
A surpresa negativa vem pela não indicação de Amy Adams, na categoria de melhor atriz. E não é só isso, deixar ''Deadepool'' de fora ou ''Procurando Dory'', da categoria de melhor animação foi desesperador. Esquecer mestres como Clint Eastwood - com ''Sully'' e Martin Scorsese, com o ''Silêncio'' chega a ser desaforo.
Animais noturnos merecia mais. Tudo bem ''Batman Vs Superman - A Origem da Justiça'', poderia mesmo ficar de fora, mas colocar no mesmo saco ''Capitão América: Guerra Civil'', foi no mínimo deselegante. Ingrato deixar Hugh Grant de fora. Enfim, se a votação seguir o padrão surpresa das indicações, qualquer palpite será bola fora.
A novidade ficou mesmo por conta da inédita indicação de uma produção da Amazon studios, com ''Manchester à Beira-Mar'' na categoria de melhor filme. E a maior injustiça de todas é a não indicação do curta que passa antes do filme de ''Moana'', alguém lembra de um rapaz que vive guiado por seus órgãos? Dirigido pelo brasileiro Leo Matsuda, o curta ''Trabalho Interno'' não teve o privilégio. Mas é “Moonlight”, que arrebenta o coração apaixonado por cinema com elenco todo negro, é o único a bater de frente com o favorito “La La Land - Cantando Estações”, a obra disputa oito categoria.
Mesmo que não seja declarado, o Oscar de 2017 vai mostrar o grande duelo enraizado nos Estados Unidos - a luta racial e feminista contra o musical romântico de um sonho americano. "La La Land" é uma produção genuína americana e pode receber um chuva de críticas, já que o peso de ''Estrelas além do seu tempo'' traz a tona a luta contra o preconceito, o feminismo e a corrida pela conquista do espaço. Já ''Moonligth'', dispensa comentários.
A 89.ª cerimônia de entrega dos Academy Awards será no dia 26 de fevereiro e mesmo que o filme do cineasta americano Damien Chazelle, já tenha conquistado cerca de um milhão de espectadores há menos de três semanas para o prêmio, não dá pra negar que até mesmo a eleição de Trump influenciará no resultado. Aguardem e corram para o cinema!
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