Helton Simões Gomes / Marcelo Ferraz
UOL
Uma cidadezinha do interior de Minas Gerais, que não chega a 41 mil habitantes, é a criadora da proposta brasileira para uma tecnologia que vai gerar, segundo estimativas do mercado, quase R$ 17 trilhões em crescimento econômico mundial em 2030.
Enquanto o 5G ainda engatinha no Brasil, Santa Rita do Sapucaí (MG) já está gestando o que virá a ser o 6G. As velocidades poderão atingir 1 terabit por segundo, 19 vezes as taxas atuais. Mas isso será o de menos. Pelo andar das negociações, a sexta geração de internet móvel será a responsável definitiva por integrar os mundos físico e digital.
Será natural, dizem especialistas, convivermos com hologramas hiper-realistas mostrando cenas ou pessoas presentes do outro lado do mundo, cirurgias remotas em que o médico sente pela internet quando toca os órgãos operados e prédios ou cidades inteiras com "gêmeos digitais" para testar virtualmente mudanças serem testadas antes de verem a luz do dia.
Quando isso acontecer, o pioneirismo não será novidade para o município. São de lá a urna eletrônica usada nas eleições e o transmissor de TV digital.
A cidade respira dois aromas. Um é o da tecnologia: ela possui uma empresa da área a cada 225 moradores. Essas quase 200 companhias produzem 60% do PIB municipal, faturam R$ 3,6 bilhões anuais e empregam 14 mil pessoas.
O coração da inovação é o Inatel (Instituto Nacional de Tecnologia), lar do primeiro curso de engenharia de telecomunicações do país (1960), que aproveitou os egressos da primeira escola técnica de eletrônica da América Latina (1950)
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