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São Paulo – A nutricionista Ilana Kalil, esposa do ginecologista Renato Kalil, foi encontrada morta em sua casa em São Paulo na madrugada desta segunda-feira (14/3).
A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). A equipe do médico não comentará o ocorrido e não forneceu mais informações.
Ilana Kalil tinha 40 anos e duas filhas, ambas fruto do relacionamento com o médico.
Em dezembro do ano passado, Renato Kalil foi acusado de violência obstétrica pela influenciadora Shantal Verdelho. Depois, outras pacientes fizeram acusações semelhantes. Kalil negou as acusações. Na época, Ilana chegou a fazer publicações nas redes sociais defendendo o marido.
Quem é Renato Kalil
Com 36 anos de carreira e mais de 10 mil partos realizados, o médico Renato Kalil, de 60 anos, passou a ser investigado pela Polícia Civil e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) após o vazamento de um áudio da influencer Shantal Verdelho sobre suposta violência obstétrica que ela teria sofrido no parto da segunda filha, Domênica.
A menina nasceu de procedimento normal no Hospital e Maternidade São Luiz, na capital paulista, em setembro de 2021. A mulher afirmou ter sido “rasgada pelas mãos” do profissional e xingada por ele em meio ao trabalho de parto. “P*rra, faz força. Filha da mãe, ela não faz força direito. Viadinha. Que ódio. Não se mexe, p*rra”, teria dito o obstetra. Shantal também o acusa de ter “falado de sua vagina para os outros” e dito que estava “toda arrebentada” após o parto.
Sete pacientes e funcionárias do médico já relataram ter sofrido abusos sexuais ou violência obstetrícia.
Kalil é irmão do cardiologista Roberto Kalil Filho, conhecido por atender famosos, como os ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. O ginecologista também coleciona no currículo pacientes célebres, caso da jornalista Andréia Sadi, da apresentadora Luciana Gimenez e dos ex-jogadores Ronaldo e Roberto Carlos, conforme publicação no site oficial da Kalil Clínica Ginecológica e Obstétrica, da qual é diretor clínico.
Renato Kalil se formou na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e atende nos hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês e São Luiz, todos na capital paulista.
Além das acusações de violência obstétrica, duas mulheres também alegam que foram violentadas sexualmente pelo médico: Luciene, que foi babá na casa de Kalil em 2013, e uma ex-paciente que afirma ter sido abusada aos 17 anos durante uma consulta com o ginecologista.
Luciane disse que foi vítima de tentativas de abuso sexual de Kalil por diversas vezes. Segundo ela, o médico usava apenas cueca nessas ocasiões e passava a mão na funcionária, além de tentar agarrá-la e beijá-la.
Já a professora que foi abusada quando era paciente do ginecologista, e contou que o abuso ocorreu quando ela tinha 17 anos e passava por uma consulta com o médico. A ex-paciente alegou que o médico apalpou os seios dela e colocou a mão dela no pênis dele.
Ajuda
O Centro de Valorização da Vida (CVV) promove apoio emocional e prevenção do suicídio, com atendimentos gratuitos a qualquer pessoa. O centro garante sigilo total e atende por telefone, e-mail e chat 24 horas por dia, nos sete dias da semana, pelo telefone 188.
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