Bruna Martins e Marcos Nunes
O Globo
Após rumores de que três igrejas católicas foram impedidas de celebrar missas e fazer festas por ordem do tráfico no Complexo de Israel, na Zona Norte, a Polícia Militar fez ontem uma operação em comunidades da região, onde removeu barricadas dos acessos. O conjunto de favelas é formado por Parada de Lucas, Vigário Geral, Cidade Alta, Pica-Pau e Cinco Bocas. Na ação policial, não houve prisões nem apreensões de drogas.
A Polícia Civil investiga se as informações divulgadas em redes sociais sobre o fechamento de igrejas são verdadeiras. A ordem teria partido do chefe do tráfico do Complexo de Israel, Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, integrante da facção Terceiro Comando Puro (TCP). O criminoso, que tem seis mandados de prisão em aberto, se apresenta como evangélico e impõe regras nas favelas — ele impede o culto a religiões de matrizes africanas e o uso de roupas brancas, alimentando a destruição de terreiros.
Embora a Arquidiocese do Rio negue ameaças do tráfico, moradores dizem que o medo ronda a região. Na Igreja de Santa Edwiges, em Brás de Pina, por exemplo, é possível ver uma pichação com a sigla do TCP em um dos muros laterais. O local fica próximo a um acesso à Favela Cinco Bocas.
Festa vazia
Por volta das 13h de ontem, a rua onde fica a igreja estava vazia. Um dos frequentadores contou que a festa julina do fim de semana teve público reduzido devido aos rumores. Segundo ele, a violência também levou à mudança do horário das missas há cerca de dois meses, passando das 19h para as 17h, nos fins de semana. Continue lendo em O Globo
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