Por Suelen Alencar / Única News

A liminar da 2ª Vara especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, expedido no dia 29 de novembro, na qual solicita a retirada de 10 micro-ônibus da Táxi-lotação que fazem o trajeto Cidade Verde, Itapajé, Santa Amália, Parque Cuiabá e Santa Isabel já afeta cerca de 6 mil pessoas e pode chegar a 122 mil usuários prejudicados.
Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Alternativo de Cuiabá e Várzea Grande (SETA), a permissão emitida pela prefeitura confere direito a empresa de prestar o serviço que “está presente na Capital há cerca de 20 anos”.
A decisão que pode ser recorrida prevê uma multa de diária fixada de R$5.000 mil, caso não seja cumprida. Segundo a assessoria da prefeitura já foram disponibilizados ônibus para que façam o trajeto das linhas 106, 605, 609.
Para o presidente do Seta, Marco Aurélio a ação prejudica os usuários e critica a decisão sem levar em conta a necessidade da população e questiona a quantidade de tempo de espera nos pontos.
“São seis mil pessoas que deixam de ter uma alternativa para circular pela cidade diariamente com os dez micro-ônibus impedidos de trabalhar [...] o serviço de ônibus é insuficiente para atender a demanda”, calcula.
A ação foi movida pela empresa Integração Transportes que alega as setes operadoras do serviço de “táxi-lotação” atuavam de forma irregular, já que a autora teria uso exclusivo das linhas. Segundo diretor de Transporte da Semob, Leopoldino Queiroz mesmo com as autorizações assim que uma decisão judicial as ordens estão suspensas.
“Com a decisão judicial a ordem de serviço está suspensa, após julgamento dessa decisão a ordem de serviço Poderá ser extinta ou reativada”, explicou.
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Nos bairros
Para Marco Aurélio, os “táxi-lotação” são um reforço no serviço de transporte público porque apresenta opções a quem utiliza o serviço e lembrou ainda os micro-ônibus devido ao tamanho do carro passam em ruas que os ônibus não podem.
“Além da diminuição do tempo de espera, muitas vezes o transporte alternativo, pelo tamanho dos carros, é o único que tem condições de passar em determinadas ruas. Diferente dos ônibus, nós temos mais possibilidade de parar fora dos pontos, atendendo assim quem tem dificuldade de locomoção, idosos e deficientes”, exemplifica
O presidente da Associação dos Moradores Santa Isabel, Clebinho Borges, disse que a retirada dos micro-ônibus causa muito transtorno e prejudica o serviço já que não terá concorrência no setor.
“Aumenta o tempo de espera nos pontos de ônibus e diminui a concorrência. O monopólio das empresas de ônibus vai tomar conta. Sem o micro não tem concorrência para eles. Nossa demanda é grande. Só de usuários são mais de 5 mil aproximadamente. Com micro é melhor, facilita. Nossa linha faz também o Parque Cuiabá, atravessa a cidade, o trajeto é o longo”, diz.
Já no bairro Novo Terceiro, que utiliza a linha do 106 a serviço fica precário também por conta dos horários irregulares de ônibus.
“São poucos ônibus na linha, se arrancar um aqui do bairro fica difícil. A coisa é séria. Com esses ônibus alternativos já é difícil, se tirar os micros, aí pronto”, reclama Antônio Fernando do Carmo, presidente Associação Moradores do Novo Terceiro [...] Era para ter mais micro-ônibus. Não é só meu bairro. A linha passa Cidade Verde, Novo Terceiro, Coophamil, Cidade Alta, Verdão e vai embora. Então é um ônibus que tem grande importância para nós”, reforça.
Segundo o Seta o impacto econômico é grande e prejudica pelo menos 25 trabalhadores que ficarão sem renda. Os cálculos realizados pelo Sindicato apontam 56 carros que atendem a população e transportam cerca de 680 mil passageiros por mês com a proibição o prejuízo mensal é aproximadamente 122 mil passageiros.
(Com informações da Assessoria)
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