Thays Amorim
Única News
A alta no preço do papel, devido à inflação e aos reflexos da pandemia de Covid-19, fez diversas empresas do ramo buscarem na recuperação judicial um instrumento para se manterem no mercado. O aumento nos custos será “parcelado”, mas deve chegar em breve no bolso dos donos de gráficas, que já se arrastam financeiramente para manter as portas abertas.
É o caso da gráfica 4D Designer, que atua há 11 anos no mercado em Cuiabá no ramo de impressão offset e comunicação visual, produzindo livros, revistas, folders, panfletos, banners, outdoors, faixas, tabloides, caixas e demais serviços gráficos. A empresa possui mais de 30 colaboradores e nenhum foi demitido durante a pandemia.
O advogado do Rio de Janeiro que representa a 4D Designer, Antônio Frange Júnior, explica que foi necessário requerer financiamento junto às instituições bancárias. Contudo, os empréstimos não se tornaram vantajosos aos microempreendedores, devido aos juros.
Com a nova onda da Covid-19, denominada “Ômicron”, a empresa viu no instrumento jurídico de Recuperação Judicial uma forma de manter-se no mercado.
“A recuperação judicial é uma saída para enfrentar esse momento de crise. Uma proteção do direito à atividade empreendedora, aceita mundialmente para amparar a atividade empresarial viável, permitindo legalmente que a empresa devedora, juntamente com seus credores, negocie uma forma de manter a fonte produtora de empregos, receitas e tributos”, destacou Fringe.
Antes da pandemia, o advogado pontuou que a expectativa era de crescimento, mas que a pandemia teve impactos negativos na empresa, com o fechamento e cancelamento de contratos.
“No ano de 2020, a expectativa era excelente e a esperança de crescimento acelerado, o que traria maior segurança para a empresa, todavia, em março de 2020, iniciou a pandemia e isso causou uma queda drástica na atividade, com o fechamento da empresa e cancelamento de diversos pedidos já contratados”, apontou.
A alta já teve impactos ainda em uma das maiores fornecedoras de papéis para a indústria do Brasil, a Suzano, que anunciou para este ano um reajuste de 35% nos papéis como offset e couchê. (Com informações da assessoria)
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