Da Redação
Única News
A cuiabana Kellen Karoline apresenta, no próximo dia 11 de fevereiro, às 19h, o game de aventura Pantazil, que é ambientado no Pantanal mato-grossense. O evento será realizado no espaço Poltrona Nerd, que fica no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. O lançamento para o público está previsto para o dia 15 de fevereiro na Steam https://store.steampowered.com/app/2177820/Pantazil/
A autora evita dar muitos spoilers, mas destaca que objetivo do game é encontrar fotografias perdidas de animais na mata , local onde o jogador poderá conhecer animais da fauna pantaneira, como a onça, a arara, a sucuri e outros bichos. "O jogo é muito dinâmico e de tema livre, e alcança diferentes faixas etárias, ou seja: pode despertar interesses em crianças, adolescentes e adultos.
Ela também ressalta que a ideia é que o game não fique restrito só ao mercado brasileiro, pois ele tem potencial para chamar a atenção de jogadores de diferentes partes do mundo.
"Eu quero que o mundo inteiro conheça os meus jogos. É por isso que ele está nos idiomas inglês e espanhol, para alcançar jogadores de fora do Brasil", reforça a gamer.
Após o lançamento no Poltrona Nerd, game Pantazil estará disponível para download gratuito na plataforma steam. O jogo foi feito no Unreal Engine 4. Trata-se de um programa bem conhecido por ser desenvolvido no Mortal Kombat 11, Batman: Arkham City e Fortnite. “O estilo da arte do Pantazil é 2D, sendo bem raro ter jogos feitos no Unreal Engine com essa dimensão", comenta Kellen.
Aos 28 anos, esse será o terceiro trabalho assinado por Kellen, que é apaixonada por jogos eletrônicos desde criança, tendo o seu pai, como principal mentor e incentivador da carreira: "Ele que me mostrou esse caminho de jogos e me incentivou a trabalhar nessa área, e mostrar para o público que eu consigo criar games".
A partir disso, ela se formou em Análise de Sistemas, fez pós-graduação em Games 3D, e atualmente busca seu espaço num setor ainda muito predominado por homens. Em Mato Grosso, ela também se destaca por ser uma das poucas mulheres a desenvolver jogos virtuais.
"No meu projeto eu mexi em quase tudo: a programação, a criação e arte do jogo, desde o zero até ser finalizado. Muita gente fala que é difícil ver mulheres mexendo com programação na área de informática. Que muitas ficam mais na área de pesquisa. Mato Grosso não chegou ainda no mercado de jogos. Aqui ainda é muita novidade, tanto empresas desenvolvendo jogos quanto mulheres atuando nesse mercado" destacou Karoline.
Para desenvolver o jogo, a gamer também contou com recursos do Estado, por meio de um edital da Secretaria de Cultura, com objetivo de fomentar o segmento de jogos eletrônicos em Mato Grosso. “Esse apoio está ajudando a alavancar minha carreira, sem precisar de vaquinha”, diz ela.
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