Elloise Guedes
(Foto: Divulgação)
No nono dia de paralisação dos caminhoneiros, o estoque de produtos alimentícios em Mato Grosso, como frutas, verduras, carnes eainda o gás de cozinha já estão chegando ao fim.
Alguns lugares como Central de Abastecimento de Cuiabá (Ceasa) - no Distrito Industrial, em Cuiabá -, já informa sobre a falta de alimentos, só tendo ainda à disposição do consumidor as hortaliças, produzidas na região estão funcionando. Assim, a maioria das bancas está fechada.
No estado, a mobilização ainda segue com 30 pontos de bloqueios. Apenas alguns caminhões de combustíveis estão passando e sob com escolta do Exército e da Policia Rodoviária Federal.
Com a greve, a Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat) também já identificou o desabastecimento, em um nível crítico, de frutas, verduras, legumes e carnes.
Por meio de nota, o setor informou que espera que "a situação seja resolvida o mais rápido possível, evitando assim que a população sofra com a falta de produtos de necessidade básica e que, claro, com o desabastecimento ocorra aumento nos preços do produto ao consumidor".
Já o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), informou que os manifestantes não estão autorizando a passagem de caminhões com botijões de 13 kg, 20 kg, 45 kg vazios ou cheios.
E informa ainda que não falta gás nas bases, mas o problema está na distribuição e no transporte do produto até as revendas.
Entenda o caso
A paralisação dos caminhoneiros começou na segunda-feira (21), após o governo federal anunciar aumento de tributos no óleo diesel. A greve causou escassez de combustível nos postos e, claro, na entrega de alimentos aos supermercados.
A paralisação dos caminhoneiros igualmente vem causando transtornos no transporte oletivo, com a redução na circulação dos ônibus na capital e na região metropolitana, além de suspensão do expediente dos órgãos dos Poderes e prefeituras.
Os protestos continuam mesmo após as medidas anunciadas pela presidência da República. O presidente Michel Temer (MDB) anunciou no domingo que o preço do óleo diesel terá uma redução de R$ 0,46, válida pelos próximos 60 dias. A partir daí, ou seja, daqui a dois meses, só haverá reajustes mensais.
O presidente também anunciou medida provisória para que seja cumprida em todo o território nacional a isenção da cobrança do eixo suspenso nos pedágios das rodovias federais, estaduais e municipais.
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