Da Redação
Única News
Vem aí o 21º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá (Cinemato), que pela primeira vez terá uma mulher como homenageada: Dira Paes. O Festival de Cuiabá está entre os principais festivais de cinema do Brasil e é reconhecido internacionalmente como formador de plateias, onde revelou importantes nomes para o cinema brasileiro e a atriz homenageada é uma delas, que recebeu o primeiro prêmio de sua carreira em solo cuiabano. Em 2023 o Cinemato acontecerá entre os dias de 22 e 28 de outubro, no Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde tudo começou.
O tema desta edição é “Pachamama”, a Mãe Natureza, um mito presente na cultura de diversos povos sul-americanos e conclama uma reflexão contemporânea entre as imagens simbólicas, do cinema e das relações entre os seres humanos e a natureza, o feminino e o masculino. E será lançado oficialmente nesta quarta-feira (19.07), na sede do Instituto INCA- Inclusão, Cidadania e Ação, às 9h, em uma coletiva de imprensa, com convidados.
“A história contemporânea do cinema mato-grossense se confunde e se mistura com a própria história do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, o Cineclube Coxiponés e o INCA. Porque nesta longa trajetória de 21 anos, graças a essas instituições que promoveram a retomada do audiovisual do Estado, e se hoje Mato Grosso tem uma produção de Cinema e Vídeo, deve-se ao Festival. E eu estou muito feliz por esta retomada após um longo período sem realizar, principalmente por conta da pandemia, e às portas que se abrem para que seja um evento de continuidade, a partir das parcerias que foram firmadas para esta edição”, frisa o idealizador e curador do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, desde a primeira edição, o cineasta e produtor, Luiz Borges.
A 21ª edição retorna à sua origem, sendo realizado na UFMT, por meio de um Convênio com o Governo do Estado de Mato Grosso, via Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT), tal como iniciou, onde as quatro primeiras edições foram realizadas por um Convênio Pluripartite 001/93, entre o Governo do Estado, a UFMT, a Prefeitura Municipal de Cuiabá, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MT) e a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt).
Este feito colocou Cuiabá no mapa dos principais festivais de cinema do Brasil, tornando-a a sede do cinema nacional durante o evento. Porém, quando acabou o Convênio, procurou-se renovar, mas isso não aconteceu, pois na época tinha sido criada a primeira Lei de incentivo à Cultura, a Hermes de Abreu. Desde então o Festival é feito sem Convênio e nesta 21ª edição tem um único consignatário, que é o Governo do Estado.
“Nós estamos tentando, nesta edição, terminá-lo com o Convênio novamente assinado, para garantir os próximos quatro anos. Esse é o nosso sonho, porque é muito grave ficar sem a sequência do Festival. Nós começamos em 1993, então era para já estarmos completando 30 anos. Essas intempéries de troca de Governo são muito nocivas para um evento grandioso como é o Festival”, explica o produtor do Cinemato.
Com o Instituto INCA como realizador da 21ª edição, agora conta também com o patrocínio do Canal Brasil e segue com a Universidade Federal de Mato Grosso e a Pro Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev-UFMT) como parceiras, junto com a Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, e a Primeiro Plano Cinema e Vídeo.
O Sebrae-MT, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o Cineclube Coxiponés UFMT e a Rede Cineclubista de Mato Grosso (REC-MT) participam como apoiadores institucionais, além do apoio do Intercity Hotéis.
“Para a Universidade Federal de Mato Grosso, a volta do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá é uma alegria. Um filho que retorna, depois de um aprendizado, de uma viagem maior, receber o Festival é motivo de orgulho. E agora com muito mais maturidade, com curso de Cinema da Faculdade de Comunicação e Artes, com o Cineclube Coxiponés maduro, em processo amplo de disseminação do audiovisual por Mato Grosso, em um momento também que a Pró Reitoria de Extensão articula bastante com a sociedade. Enfim, a UFMT está celebrando o retorno e nós não temos dúvida que para a comunidade universitária e externa será um ganho muito grande receber esse recorte do Cinema Brasileiro em Mato Grosso, no nosso Teatro, com todo o cuidado e capricho que nós temos”, destaca o Pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da UFMT, Fabrício Carvalho.
Promover o audiovisual em Mato Grosso e no país, como é a missão do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, por meio da cooperação entre importantes instituições ligadas ao desenvolvimento do Estado, é uma maneira de otimizar essa ferramenta para impulsionar o desenvolvimento sustentável, a responsabilidade social e a governança corporativa da economia criativa por meio dos filmes e projetos culturais diversos que se convergem durante o festival.
“Para nós do Governo do Estado, financiar e fortalecer este espaço é muito mais que importante, é um dever e um compromisso com o fomento do audiovisual. Vivemos um momento de grande potência e efervescência da produção audiovisual de Mato Grosso. Nada mais justo que celebrarmos essa grande potência retomada de um dos mais importantes festivais do Brasil”, enfatiza o secretário adjunto da Secel-MT, Jan Moura.
PROGRAMAÇÃO
Como formador de plateias e cidadania, o 21º Cinemato terá em sua programação Mostra Competitiva Hours Concurs, Mostra Inclusiva com o Cinema Escola, Sessão para os Garis, no Hospital do Câncer, Casa da Mãe Joana e Abrigo Bom Jesus de Cuiabá. Além de Oficinas no Cineclube Coxiponés, para a formação de novo técnicos do audiovisual, em assistência de direção, direção de arte, atores, e direção de som; também a “Feira Celebrando a Vida”, Debates e as Políticas Públicas em pauta.
“Para o Instituto INCA é uma honra retomar a realização do Festival de Cinema de Cuiabá, que foi um marco para desbravar o cinema mato-grossense, inscrevendo diversas pessoas daqui no cenário nacional. Além disso, o INCA nasceu para a realização do Festival, há 18 anos, e estamos até hoje mobilizando não somente o audiovisual, a arte e a Cultura do nosso Estado, mas também o Social, o Esporte, a Educação e tudo que se refere ao coletivo e à inclusão”, pontua a presidente do Instituto INCA, Cybele Bussiki.
As inscrições para participar do 21º Cinemato começam a partir do dia 19 de julho, pelo site www.festivalcinemato.com.br.
A HOMENAGEADA
Descendente de indígenas e portugueses, Dira Paes nasceu em Abaetetuba, no interior do Estado do Pará, mas foi criada na capital paraense, em Belém, ao lado de seus 7 irmãos.
Formada em Filosofia e Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Dira iniciou sua carreira como atriz ao realizar um teste para participar de uma produção norte-americana, intitulada The Emerald Forest, interpretando a indígena Kachiri. Após a participação no filme, passou a construir uma carreira atuando em diversos outros filmes. Em 1987 atuou em seu primeiro filme nacional, “Ele, o Boto”, como Corina.
Ela é uma das atrizes mais premiadas do cinema brasileiro. Em 1996 teve seu primeiro papel como protagonista, atuando como a cangaceira Dadá no filme “Corisco e Dadá”, filme que garantiu sua primeira premiação na carreira, no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá.
Por sua performance dramática, Dira recebeu muitos elogios e adquiriu sua primeira de seis indicações ao Prêmio Guarani de Cinema. Ao longo dos 39 anos de carreira e 43 filmes – curtas e longas – no currículo, Dira Paes se popularizou no Cinema e na Televisão Brasileira.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!