Ari Miranda
Única News
A Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt) divulgou nesta semana que aproximadamente 41 terras indígenas do estado já foram afetadas pelas chamas. Além de áreas de mata, a destruição inclui até mesmo plantações usadas para sustento dos povos indígenas, provocando até mesmo a mudança temporárias de moradias.
Conforme a Federação, MT tem 46 povos e 86 terras indígenas, organizadas em sete regiões, divididas nos três biomas do estado: Amazônia, Cerrado e Pantanal, que estão em chamas. Além disso, na última sexta-feira (6), o Governo Federal reconheceu situação de emergência em 58 municípios de MT.
De janeiro deste ano até o momento, o estado lidera o ranking das queimadas no Brasil, com 37,2 mil focos de incêndios, conforme dados do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somente no mês passado, Mato Grosso teve mais de 1,6 milhão de hectares consumidos pelo fogo, conforme análise do Instituto Centro de Vida (ICV), feita com base nas pesquisas da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA).
Nas Terras Indígenas Utiariti e Paresina, na região de Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra, o fogo já dura 35 dias, e mais de 200 mil hectares foram destruídos pelo fogo. Segundo um dos líderes do povo Paresi, Gilmar Koloizomae, a população precisa de equipamentos para combater as chamas e alimentos para os indígenas brigadistas.
Recentemente, Única News divulgou imagens de um incêndio de grandes proporções na Terra Indígena Apiaka Kaiabi Munduruku, na manhã dia 31 de agosto deste ano, em Juara (655 km de Cuiabá). Indígenas que residem na aldeia registraram o momento em que o fogo chega próximo à uma escola e as residências do local.
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Nas imagens, é possível ver uma grande quantidade de fumaça e as labaredas atingindo uma altura de aproximadamente 4 metros. Além disso, também é possível ver o desespero dos habitantes da área, que deixam o local assustados com a intensidade das chamas.
O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso divulgou nesta quinta-feira que mais de mil brigadistas estavam combatendo incêndios florestais em 49 frentes no Estado até ontem, quinta-feira (12).
Além disso, a corporação informou que segue monitorando a situação dos incêndios nas áreas indígenas através de satélites, que permitem um monitoramento preciso, com a detecção dos focos de calor e a captação de dados necessária para a melhor estratégia de combate, aguardando ainda a autorização da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para entrarem nesses locais.
COM INFORMAÇÕES DE g1
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