Cuiabá, 15 de Junho de 2024

CIDADES Quarta-feira, 22 de Maio de 2024, 18:35 - A | A

22 de Maio de 2024, 18h:35 - A | A

CIDADES / DECISÃO UNÂNIME DO CRM

Médico que atirou e matou idosos no nortão de MT tem registro profissional suspenso

Conselho Regional de Medicina suspendeu licença de Bruno Gemilaki e alegou que atitude do médico feriu os princípios da profissão.

Ari Miranda
Única News



Em decisão unânime proferida nesta terça-feira (21), o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) suspendeu o registro profissional do médico Bruno Gemilaki Dal Poz (28), preso no dia 23 de abril por participação nos assassinatos de Rui Luiz Bogo (68) e Pilson Pereira da Silva (80) e outras duas tentativas de homicídio.

O crime aconteceu no município de Peixoto de Azevedo, em 21 de abril deste ano. Além de Bruno, participaram da ação criminosa a mãe dele, a pecuarista Inês Gemilaki (48), e o cunhado dela, Eder Gonçalves Rodrigues, ambos presos dois dias após o crime, que chocou a cidade no norte do estado.

Em nota pública, o CRM-MT informou que analisou a recomendação de interdição cautelar da licença do médico e os conselheiros, de comum acordo, aprovaram a interdição total do exercício profissional do médico, por entenderem que o seu envolvimento nos crimes resulta em dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão.

LEIA A NOTA PÚBLICA NO FINAL DESTA MATÉRIA

De acordo com o Conselho, a decisão foi tomada mediante análise do caso pelos conselheiros e observou tanto a ação de Bruno, apontado pelo Ministério Público como um dos autores dos crimes, quanto sua omissão no socorro às vítimas, ferindo assim um dos princípios da medicina.

A suspensão dos direitos de Bruno Gemilaki passa a valer imediatamente após o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovar a decisão do CRM-MT.

Montagem

CRIME PEIXOTO

 Câmeras do local flagraram a ação criminosa de mãe e filho.

O CRIME

O duplo homicídio ocorreu durante uma confraternização de amigos no dia 21 de abril, em uma residência localizada no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo. Inês, Bruno e Eder invadiram o local e efetuaram diversos disparos de arma de fogo, matando Rui e Pilson. Além deles, o padre José Roberto Domingues, amigo de Rui, recebeu um disparo na mão, mas sobreviveu.

Durante a invasão, Bruno iniciou os disparos, seguido por Inês. Enquanto isso, Eder fazia a contenção de pessoas que estavam no local e garantir que ninguém tentasse entrar na casa para socorrer as vítimas.

O alvo do grupo era o garimpeiro Enerci Afonso Lavall, conhecido como "Polaco", dono da residência onde ocorreu o crime. Conforme a Polícia Civil, a motivação do ataque foi uma dívida que Inês tinha com “Polaco” em um contrato de locação de imóvel. No entanto, no momento em que tentou disparar contra seu alvo, a arma de Inês falhou pelo menos três vezes.

O Ministério Público entendeu que o homicídio foi cometido por motivo fútil. Além disso, o grupo ainda utilizou de recurso que dificultou a defesa das vítimas.

NOTA PÚBLICA

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informa à sociedade que, nesta terça-feira (21.05), analisou a recomendação de interdição cautelar do médico Bruno Gemilaki Dal Poz, denunciado pelo Ministério Público por participar de quatro homicídios qualificados, sendo dois consumados e dois tentados, no município de Peixoto de Azevedo, em 21 de abril deste ano.

Por unanimidade, os conselheiros aprovaram a interdição cautelar total do exercício profissional do médico por entenderem que o seu envolvimento nos crimes que ocorreram em Peixoto de Azevedo resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art.. 30 do Código de Processo Ético-Profissional.

A análise do caso por parte dos conselheiros observou tanto a ação de Bruno, apontado pelo Ministério Público como um dos autores dos crimes, quanto sua omissão ao não prestar socorro às vítimas.

A suspensão do exercício profissional do médico passa a valer imediatamente após o Conselho Federal de Medicina referendar a decisão do CRM-MT.

 

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