Aline Almeida
Única News
Pacientes com comorbidades relatam dificuldade de comprovar doenças para garantir imunização da covid-19. Situações de médicos negando atestados foram confirmadas por pacientes nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
Ao Única News Marlene Silva, 58 anos, contou que é diabética e há anos faz tratamento da doença. Mesmo apresentando atestados, receituários de medicamentos continuos de anos, ao ir nos postos de saúde da Capital não consegue o laudo para vacinar contra a covid-19. Como explicação dos médicos, a secretária do lar tem sido orientada a procurar médico que faz o acompanhamento. No entanto, Marlene faz tratamento em uma universidade particular, que não está atendendo no momento. Não há como ela voltar na médica que sempre lhe atendeu pois a mesma não dá expediente na Unic há um ano.
Por ser do grupo de risco para a covid-19, Marlene, não esconde o temor de não ser vacinada e ser infectada pela doença. Segundo ela, uma verdadeira via-crúcis tem sido feita nas unidades de saúde, sem sucesso. "Estamos tentando juntar dinheiro para pagar uma consulta de R$ 350 e só assim conseguir comprovar a comorbidade", diz Marlene, que terá que gastar para conseguir o laudo.
Na cidade de Várzea Grande o mesmo problema foi encontrado nas unidades de saúde. O.A.S, 55 anos, é hipertenso e também não consegue comprovar a doença já que os médicos negam a emitir laudo por não acompanhar o histórico do paciente. O.A.S preferiu não identificar para não ser prejudicado ainda mais na fila de espera pela vacinação.
Outro lado
A Prefeitura de Várzea Grande confirmou que de fato os pacientes precisam recorrer ao médico que tem o histórico deles para fazer o laudo.
Já em Cuiabá a Secretaria Municipal de Saúde destaca que recomendado é ir ao médico que faz o acompanhamento do quadro de saúde. Informa que o acompanhamento tem que ser contínuo e o próprio Conselho Regional de Medicina orienta os profissionais serem criteriosos ao emitirem os laudos. Sobre a negativa dos médicos a pasta informou que não pode interferir nas decisões dos profissionais.
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