Ari Miranda
Única News
Em carta aberta divulgada nesta quarta-feira (31), o ex-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Elias Alves de Andrade (74), disse estar arrependido do que fez no dia 15 de julho.
O professor universitário aposentado foi flagrado por uma câmera de segurança, matando uma gata da vizinhança com um golpe de machado, no bairro Jardim Califórnia, em Cuiabá.
O fato veio à tona no dia 17 de julho, quando foi amplamente divulgado nas redes sociais.
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Na carta, disponibilizada pelo advogado de defesa, Josney Evangelista, o ex-reitor reconheceu seus erros, tanto no destrato à tutora do animal, quanto aos maus-tratos que resultaram na morte da gata, destacando que o ato por ele praticado "foi abominável, irracional e desprezível".
“Após os fatos, a agressão e morte da Sofia [gata morta pelo professor] e o destempero no tratamento à tutora, que foi ao meu portão conversar em seguida, comecei a voltar aos poucos à consciência e racionalidade de meu comportamento, abominável e irracional, desprezível sob todos os pontos de vista, ético, religioso, moral, social, civilizatório e humano”, disse o professor.
Além disso, o ex-professor reiterou que o momento de atitude impensada de sua parte, acabou ‘respingando’ negativamente em sua trajetória como professor universitário, reiterando o arrependimento pelo mal que causou à proprietária do animal.
"Minha história de vida, pessoal, familiar e profissional definitivamente não admitem que eu possa ter cometido este ato cruel, covarde, nefasto, inadmissível e desumano numa sociedade civilizada como o que cometi. Por mais que tenha sido movido pela emoção e descontrole, nada justifica o que fiz”, destacou Elias.
“Estou profundamente arrependido por ter me portado de modo desumano contra um ser que só sabe nos dar amor e carinho em troca de nada, apenas de nossa atenção e cuidado. Rogo o perdão à família da tutora, minha vizinha, e a sua família e amigos, à minha família, que está sofrendo comigo, à sociedade, a todas as organizações sociais que vêm brava e legitimamente lutando para que fatos como o que pratiquei não mais se repitam e, por fim, a Deus, que sempre abençoou a mim a minha família", pontuou.
LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA:
"Minha história de vida, pessoal, familiar e profissional definitivamente não admitem que eu possa ter cometido este ato cruel, covarde, nefasto, inadmissível e desumano numa sociedade civilizada como o que cometi. Por mais que tenha sido movido pela emoção e descontrole, nada justifica o que fiz. Após os fatos, a agressão e morte da Sofia e o destempero no tratamento à tutora, que foi ao meu portão conversar em seguida, comecei a voltar aos poucos à consciência e racionalidade de meu comportamento, abominável e irracional, desprezível sob todos os pontos de vista, ético, religioso, moral, social, civilizatório e humano.
Fui tomado então por um sentimento de tristeza profunda, de decepção comigo mesmo, de vergonha de minha família, da sociedade e da minha história de vida, construída com muita luta, dificuldade, dedicação e esforço por todos estes longos anos que, apesar de temente a Deus, que me conforta através de minhas orações, têm aumentado mais e mais com o passar dos dias.
Estou profundamente arrependido por ter me portado de modo desumano contra um ser que só sabe nos dar amor e carinho em troca de nada, apenas de nossa atenção e cuidado. Rogo o perdão à família da tutora, minha vizinha, e a sua família e amigos, à minha família, que está sofrendo comigo, à sociedade, a todas as organizações sociais que vêm brava e legitimamente lutando para que fatos como o que pratiquei não mais se repitam e, por fim, a Deus, que sempre abençoou a mim a minha família".
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