Claryssa Amorim
Única News
Servidores do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) irão às ruas para manifestar, nesta quinta-feira (30), contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que decidiu aumentar a carga horária de 30h para 40h semanais. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf-MT), em um mês da implantação da nova jornada, a taxa de afastamento dos servidores para tratamento de saúde aumentou em 42%.
O coordenador geral do Sintuf, Fábio Ramires, disse ainda que os servidores da unidade estão em estado de greve, ou seja, a qualquer momento podem retomar paralisando todas as atividades. Por enquanto, a greve está judicializada, já que a Ebserh conseguiu uma liminar na Justiça suspendendo o movimento grevista.
"O resultado está sendo catastrófico, pois o número é muito grande de afastamento por doenças ortopédicas e relacionadas a saúde mental. Sem contar que a administração está sendo irresponsável, porque com a alteração na jornada, aumentou o uso do adicional de plantão, uma espécie de hora extra, pra cobrir os buracos das folgas e dos afastamentos por doenças. Ou seja, trazendo prejuízo financeiro para a administração pública", destacou Ramires.
O sindicato destaca ainda que resoluções internacionais, inclusive da Organização Mundial da Saúde, preveem que o regime de trabalho em hospitais deve ser de no máximo de 30 horas semanais, já que estão sob risco de contaminação na saúde, estresse, continuidade nos finais de semana, feriados e outros, pois "convivem permanente com a vida e morte".
A escala funcionava no hospital há mais de 15 anos e a nova jornada de 40 horas semanais foi implantada em abril deste ano. Para tentar derrubar a decisão da empresa administradora do hospital, o sindicato entrou com um processo no Ministério Público Federal (MPF). E, segundo o coordenador, o MPF já sinalizou a favor dos trabalhadores. Já tem uma reunião marcada entre a coordenação da unidade e a Ebserh no MPF.
Ramires destaca que os trabalhadores que foram às ruas, nesta quinta-feira, serão os que não estarão em horário de trabalho, já que eles não irão paralisar as atividades do hospital. Na manifestação, os servidores irão somar essa pauta interna com a nacional, no dia 30 de maio, em que os profissionais da educação da UFMT irão às ruas protestar contra os cortes de 30% nas universidades e institutos federais.
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