Ronald Ávila Claudio
G1 SAÚDE
Imagine que você conheceu uma pessoa no Tinder. Vocês começaram a se comunicar e se dão bem, até que você sentiu confiança de compartilhar os seus perfis nas redes sociais.
A conversa então mudou de plataforma e vocês já estão se comunicando há semanas pelo Instagram. De vez em quando, você publica uma história na plataforma e ele deixa um emoji. E, quando você compartilha uma foto, ele curte e deixa comentários.
Às vezes, ele dá bom dia para você por mensagem direta. Em outras ocasiões, ele envia fotos no trabalho para mostrar algo do seu dia a dia.
Até que você acredita que, como ele está conectado com você na rede social e você gosta do seu modo de ser, chegou a hora de dar o passo seguinte. Você o convida para sair, para se conhecerem pessoalmente e, assim, começar um novo tipo de relacionamento.
É aí que ele começa a dar desculpas. Diz que está muito ocupado, tem a agenda cheia de compromissos ou até que está doente. E nunca pode encontrar você.
Mas, enquanto deixa de aceitar os seus convites, ele continua interagindo com você da mesma forma nas redes sociais. E você continua respondendo, com a esperança de, algum dia, encontrá-lo fora da internet – o que nunca acontece.
Se este comportamento hipotético parece familiar, você pode ter sido vítima do que alguns psicólogos chamam de migalhas emocionais – ou breadcrumbing, em inglês.
Trata-se de um padrão de comportamento no qual uma pessoa demonstra interesse por outra de forma intermitente, mas constante, sem ter intenção real de se comprometer emocionalmente, nem estabelecer um relacionamento formal, segundo o professor de psicologia Raúl Navarro Olivas, da Universidade Castilla-La Mancha, na Espanha.
E é também uma prática de manipulação.
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