24 de Março de 2025
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COVID EM MT Segunda-feira, 22 de Março de 2021, 07:21 - A | A

22 de Março de 2021, 07h:21 - A | A

COVID EM MT / QUADRO DELICADO

Prevendo colapso no sistema funerário, sindicato dos médicos pede lockdown em MT

Abraão Ribeiro
Única News



Neste final de semana os mato-grossenses acompanharam pelos noticiários o colapso que a rede pública de saúde sofreu em Cuiabá. No fim da tarde deste domingo (21), a Policlínica do Planalto suspendeu o atendimento para internação, chegando à sua capacidade máxima.

A unidade do Verdão já tinha feito isso no sábado (20) e as do Coxipó e Pedra 90 também na manhã de domingo. Estão na mesma situação as UPAs da Morada do Ouro e do Pascoal Ramos. A UPA do Verdão não atende "porta aberta", só transferências, mas também chegou ao limite. No entanto, em todas essas unidades, o atendimento está sendo priorizado para casos de urgência e emergência.

Diante desse cenário de caos, o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed –MT), emitiu uma nota na manhã desta segunda-feira (22) cobrando das autoridades medidas mais enérgicas no combate ao avanço da covid-19, sugerindo até que seja feito lockdown.

Na nota, os médicos reunidos avisam que sem essa “medida amarga” – o fechamento das cidades – o avanço da pandemia poderá, em breve, sobrecarregar o sistema funerário por conta de tantas mortes que ocorrerão.

Leia na íntegra a nota do Sindimed – MT:

NOTA

SINDIMED-MT: LOCKDOWN IMEDIATAMENTE

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso- Sindimed-MT vem a público exigir um posicionamento dos governantes de caráter mais restritivo e imediato, como medida para diminuir a infectividade pelo coronavírus.

As pessoas que hoje necessitam de uma vaga em enfermaria ou em uma unidade de terapia intensiva se contaminaram há cerca de 10 a 25 dias atrás. Hoje, o sistema de saúde no Estado de Mato Grosso está colapsado. Conclui-se que essa medida de quarentena ou lockdown já vem com atraso considerável. Adiar ainda mais essa decisão pode trazer ainda mais desgraças às famílias mato-grossenses.

A utilização de medidas mais restritivas tem o objetivo de interferir na cadeia de transmissão do vírus para aliviar os serviços de saúde, dando tempo de reestruturá-los e manter a assistência adequada à população. Vale ressaltar que essa reestruturação já deveria ter sido planejada com antecedência, considerando mais de um ano de pandemia e seis meses da primeira curva.

Nesse primeiro momento os gestores deveriam ter treinado profissionais de saúde, expandindo o número de leitos de UTIs, construído um hospital de campanha e mais locais de atendimento de forma descentralizada. Mas não se organizaram, não planejaram.

O Sindicato alerta que se não forem tomadas essas medidas para conter a propagação do vírus, as pessoas vão morrer sem assistência médica e isso é uma situação extrema que pode inclusive sobrecarregar o sistema funerário.

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